Avaliação da taxa de formação de blastocistos após a injeção intracitoplasmática de espermatozoide em oócitos em metáfase I de mulheres submetidas à fertilização in vitro

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01-01-2017

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MACIEL, Yasmin Cristina Costa. Avaliação da taxa de formação de blastocistos após a injeção intracitoplasmática de espermatozoide em oócitos em metáfase I de mulheres submetidas à fertilização in vitro. Orientador: João Paolo Bilibio. 2017. 52 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1274. Acesso em:.
A fertilização in vitro (FIV) é um procedimento realizado para superar a infertilidade feminina e masculina. Durante a aspiração oocitária pode haver coleta de oócitos maduros, em metáfase II (MII), ou meioticamente imaturos, em metáfase I (MI). Estes, podem, espontaneamente, maturar in vitro para MII em poucas horas. Com o aumento da idade da mulher há uma diminuição da quantidade e qualidade de oócitos coletados. O aumento da taxa de gravidez está relacionado diretamente ao número de blastocistos obtidos no ciclo de FIV. Objetivo: Avaliar a taxa de formação de blastocistos oriundos de oócitos MI. Material e Métodos: Estudo do tipo transversal. Foram selecionadas 164 pacientescom indicação para realizar FIV na Clínica Pronatus, durante o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2016. Resultados: No total, 1467 oócitos foram fertilizados por ICSI, dos quais 1153 estavam em estágio MII e 314 em MI. Destes, 201 maturaram in vitro para MII (MIMII) e 113 permaneceram em estágio MI após 3 horas no meio de cultura. A idade média das pacientes foi de 35,6 anos. A taxa de maturação in vitro foi de 64,01%. A taxa de fertilização em oócitos MI foi a menor (31,9%), enquanto que os oócitos MII tiveram a melhor taxa (79,1%). A comparação da taxa de fertilização mostrou que os oócitos MI possuem uma chance 88% menor de formar embrião com 2 pró-nucleos em relação aos oócitos MII (p<0.001). Notou-se que os embriões provenientes de MI têm a maior incidência de multinucleação e possuem um risco 2,63 vezes maior de apresentarem anormalidades de divisão celular em relação aos MII (p=0.008). A taxa de formação de blastocistos foi maior nos embriões oriundos de oócitos MII (36,4%), a taxa nos embriões de MI-MII foi de 11,4% e nos embriões de oócitos MI foi de 0.8%. O risco de oócitos MI não formarem blastocistos é de 99% em relação aos MII (p<0.001). Ao correlacionar a idade com a obtenção de oócitos e com a formação de blastocistos, observou-se que a quantidade de oócitos MII diminui com o aumento da idade (p=0.002) e que há queda na formação de blastocistos oriundos destes oócitos em pacientes acima de 40 anos (p=0.03). Conclusão: A utilização de oócitos MI na FIV deve ser desencorajada, pois possuem baixo potencial de desenvolvimento embrionário e forma embriões de baixa qualidade, com taxa de formação de blastocisto menor que 1%. Entretanto, o uso de MI-MII pode ser estimulado nos ciclos de FIV como alternativa à baixa obtenção de oócitos MII em mulheres com idade avançada.

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