Paleoambiente e geometria deposicional da Formação Pimenteiras na borda leste da Bacia do Parnaíba, Piauí

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25-02-2016

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ARAÚJO FILHO, Roberto Costa. Paleoambiente e geometria deposicional da Formação Pimenteiras na borda leste da Bacia do Parnaíba, Piauí. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2016. 65 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2722. Acesso em:.
A Formação Pimenteiras registra a transgressão marinha mais importante da Bacia do Parnaíba, que ocorreu entre o Mesodevoniano e o Neodevoniano. Na borda leste da bacia, nas proximidades dos municípios de Pimenteiras e Picos (Piauí), são encontradas excelentes exposições desta unidade em drenagens, cortes de estrada e encostas de morros. As análises de fácies e de elementos arquiteturais permitiram reconstituir os paleoambientes e caracterizar a geometria deposicional da Formação Pimenteiras. Foram definidas sete fácies sedimentares, reunidas em duas associações de fácies (AF) e propostos três elementos arquiteturais, que registram depósitos marinhos plataformais (epicontinetais) com influência de ondas de tempestades. A AF1 – offshore – é composta principalmente pela fácies folhelho. A fácies siltito com laminação plano-paralela ocorre pontualmente. A AF2 – offshore transicional – é representada pelas fácies folhelho, siltito com laminação plano-paralela, siltito com laminação ondulada, arenito maciço, arenito com laminação plano-paralela, arenito com laminação ondulada e cruzada e arenito com estratificação cruzada hummocky. A intercalação destas fácies é expressiva na AF2. As AF da Formação Pimenteiras formam um padrão retrogradante-progradante que correspondem a ciclos de raseamento ascendente, provavelmente relacionados a variações relativas do nível do mar. Os arenitos dos topos dos ciclos (AF2) são interpretados como níveis estratigráficos capazes de representar rochas reservatório e os folhelhos da AF1 são as potenciais rochas geradoras. O contato entre as formações Pimenteiras e Cabeças é discordante e marcado por fácies com gêneses distintas. Os depósitos siliciclásticos da Formação Cabeças caracterizam um sistema deltaico que progradou para NW sobre o mar Pimenteiras, como resultado de uma queda no nível relativo do mar no Neodevoniano na borda leste da bacia.

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