Discussão sobre hidratos de gás e a possibilidade de ocorrências na Bacia da Foz do Amazonas

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08-11-2019

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MONTEIRO, Nicole Moutinho. Discussão sobre hidratos de gás e a possibilidade de ocorrências na Bacia da Foz do Amazonas. Orientador: Estanislau Luczynski. 2019. 36 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geofísica) - Faculdade de Geofísica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3406. Acesso em:.
Os hidratos de gás (HG) são uma fonte de hidrocarbonetos com potencial para exploração futura. O armazenamento de gás natural (principalmente metano), em forma de cela (clatrato), mostra volume com interesse de aproveitamento: 1 m3 de hidratos (em condições de temperatura e pressão ideais) saturados tem 164 m3 de gás metano equivalente. Esses números conferem aos hidratos as maiores reservas dentre os recursos fósseis conhecidos, desde a descoberta dos mesmos na Sibéria, na década de 1960. No contexto presente, um dos principais focos da pesquisa é a busca por técnicas de melhor extração e transporte dos hidratos, em parte devido aos custos elevados de extração e os potencias impactos ambientais. Perante isso, a realização de estudos geofísicos aliados à geologia é de grande importância para estimar as reservas. Projetos ocorrem no mundo todo em busca da extração comercial de hidratos de gás sempre levando em conta as informações geológicas e geofísicas, inclusive àquelas relacionadas a ocorrência de hidratos em território brasileiro. Presentemente, há poucos levantamentos relacionados aos hidratos no Brasil apesar dos recursos promissores na Bacia de Pelotas e na Bacia da Foz do Amazonas, essa última foco do presente trabalho a qual conta com, aproximadamente, 13 trilhões de m3 de gás em superfície comparados com as reservas (totais) brasileiras de 696 bilhões de m3 presentes nos clatratos. Estudos geofísicos e geológicos realizados na Bacia da Foz do Amazonas detectaram ocorrências de hidratos de gás na porção conhecida como Cone (ou Leque) do Amazonas. Essas ocorrências foram localizadas a partir de características distintas como o BSR (Bottom Seismic Reflection) e identificação de falhas/fraturas, que são rotas de migração de fluídos. Apesar da importância dessa descoberta para a Amazônia, ainda há necessidade de mais estudos a respeito. Diante disso, busca-se aprofundar as pesquisas na área, levando em conta o potencial gasífero, porém sem esquecer as questões ambientais, econômicas e exploratórias.

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