Estudo petrográfico e de inclusões fluidas das rochas hospedeiras e do minério aurífero sulfetado do alvo pista, depósito Coringa, Província Aurífera do Tapajós, Pará

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Data

01-01-2015

Orientador(es)

KLEIN, Evandro Luiz Lattes

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LIMA, Rafael Guimarães Corrêa. Estudo petrográfico e de inclusões fluidas das rochas hospedeiras e do minério aurífero sulfetado do alvo pista, depósito Coringa, Província Aurífera do Tapajós, Pará. Orientador: Evandro Luiz Klein. 2015. 129 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1800. Acesso em:.
O alvo Pista é um prospecto situado nas imediações do corpo de minério principal do depósito Coringa, localizado no extremo sudeste da Província Aurífera do Tapajós, nas proximidades do município de Novo Progresso (PA). O estudo petrográfico detalhado de amostras de testemunhos de sondagem indica um feldspato alcalino granito como o principal litotipo hospedeiro da mineralização, composto por feldspato potássico pertítico, quartzo e albita. Além deste, foi reconhecido um conjunto de rochas piroclásticas, formado por ignimbrito feldspato alcalino riolítico e lápili-tufo, além de brecha hidrotermal. Estas rochas foram afetadas por diferentes estágios de alterações hidrotermais. Foram reconhecidos sete tipos: albitização, propilitização, sericitização, silicificação, carbonatação, argilização e hematitização. Sericitização e silicificação constituem as alterações mais expressivas e a mineralização aurífera-sulfetada está relacionada a elas. Em zonas de intensa sericitização e brechação, mineralizadas, foram observados cristais de adulária associados a vênulas de quartzo e à sericita. A mineralização ocorre em estilos disseminado e fissural, inclui pirita, esfalerita, galena e calcopirita. Análises por MEV-EDS mostraram partículas de hessita (Ag2Te) com até 6,6% de Au e esfalerita com teores de Au entre 1,5 e 3,25%, indicando que o Au está associado à Ag e Zn. Vênulas de quartzo contêm inclusões fluidas que ocorrem em grupamentos, trilhas intra- e transgranulares e de forma isolada. Análises microtermométricas preliminares permitiram o reconhecimento de três fluidos distintos: (1) fluido aquocarbônico (fluido I) de baixa salinidade, de 3,0 a 8,0% de NaCl equiv. e frações molares de CO2 entre 0,06 e 0,7 (mol% de CO2); (2) fluido aquoso (fluido II) com salinidade entre 6,0 e 9,7% de NaCl equiv., ambos de provável origem magmática e formados por ebulição (boiling); (3) fluido aquoso de mais baixa salinidade (fluido III), entre 0,2 e 3,0% de NaCl equiv., com temperatura de homogeneização entre 190 e 310ºC, resultante de influxo de água meteórica. As rochas hospedeiras, o caráter polimetálico da mineralização, a ocorrência de adulária na alteração hidrotermal e a presença de fluidos aquosos e aquocarbônico de baixa salinidade são características que permitem sugerir ser o alvo Pista parte de um sistema mineralizado magmático-hidrotermal, possivelmente epitermal de baixa ou intermediária sulfetação.

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