Perfil clínico e epidemiológico de infecção sistêmica neonatal por Candida spp em um hospital materno infantil de Belém no ano de 2016

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01-05-2019

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DIAS, Diana Matos; PEREIRA, Maria Laura Esteves Mascarenhas. Perfil clínico e epidemiológico de infecção sistêmica neonatal por Candida SPP em um hospital materno infantil de Belém no ano de 2016. Orientadora: Vânia Cristina Ribeiro Brilhante. 2019. 48 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3457. Acesso em: .
As infecções fúngicas sistêmicas por Candida spp em recém-nascidos configuram relevante causa de sepse em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), revelando, assim, ao longo das últimas décadas, consideráveis índices de mortalidade em centros de saúde em nível global. O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos clínicos e epidemiológicos de tal infecção na população neonatal assistida por um Hospital Materno Infantil em Belém, no ano de 2016. Foi um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, a partir da análise de prontuários de pacientes admitidos, entre janeiro e dezembro do mesmo ano, na UTIN da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), considerando como critério de elegibilidade pacientes neonatos internados neste período os quais estivessem classificados como cultura positiva para Candida spp no banco de dados da Central de Controle de Infecções Hospitalares da FSCMPA. Foram inclusos dados de 68 casos de candidemia e identificou-se 40% dos pacientes com infecção por Candida parapsilosis, 39% por Candida quilliermondii, 17% Candida albicans, 3% com Candida haemulonii, e 1% por Candida spp. O estudo demonstrou, em relação ao neonato, como principais fatores de risco o muito baixo peso (35%) e a prematuridade (76%). As manifestações clínicas mais frequentes identificadas e comuns aos neonatos do estudo foram instabilidade hemodinâmica (53%), instabilidade térmica (49%) e letargia (47%), contudo, a mais prevalente foi a deterioração respiratória, presente em 88% dos casos. Outras manifestações também foram identificadas, como apneia, bradicardia, hiperglicemia, hipotensão e distensão abdominal, porém em proporção não tão similar. Entre os fatores de risco relacionados à assistência ao recém-nascido, foram identificados em 94% dos casos terapia antimicrobiana de amplo espectro, o uso da ventilação mecânica, o uso de cateter venoso central e a nutrição parenteral prolongada; 31% dos neonatos estudados passaram por algum procedimento cirúrgico e 18% fizeram farmacoterapia com corticoides. A variação nas espécies de Candida spp bem como a inespecificidade dos sintomas clínicos da candidíase neonatal dificultam o diagnóstico de tal infecção e, consequentemente, a instituição de uma terapia precoce adequada, de forma que este estudo reforça a importância de que sejam avaliados os fatores de risco predisponentes às infecções fúngicas na população neonatal dentro do ambiente hospitalar, para que se possa aprimorar os manejos necessários aos recém-nascidos em centros de saúde com altos índices de candidemia.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br