Pessoa com deficiência física na atenção primária em saúde: necessidades dos usuários e prática profissional dos terapeutas ocupacionais

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01-01-2018

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NOVAIS, Tatyani Arícia Maia; CAMPOS, Vera Nadine da Costa. Pessoa com deficiência física na atenção primária em saúde: necessidades dos usuários e prática profissional dos terapeutas ocupacionais. Orientador: Otavio Augusto de Araujo Costa Folha. 2018. 79 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Terapia Ocupacional) - Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5892. Acesso em:.
Este estudo buscou identificar as necessidades de saúde e ocupacionais das pessoas com deficiência física (DF) e compreender a prática profissional dos terapeutas ocupacionais que atuam nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) no município de Belém/PA. O método baseou- se na abordagem qualitativa com enfoque descritivo, de caráter transversal e amostragem não probabilística do tipo por conveniência. A pesquisa ocorreu na cidade de Belém, Pará, considerando a divisão dos distritos administrativos nos quais o município é organizado. A coleta de dados ocorreu durante o período de julho a novembro de 2017, por meio da realização de entrevistas semiestruturadas com DF na faixa etária entre 18 a 59 anos, moradoras da cidade de Belém e terapeutas ocupacionais vinculados aos NASF existentes na cidade. Os resultados apontaram 4 categorias associadas às percepções dos participantes acerca das necessidades de saúde e ocupacionais de DF, à participação deste público no território e à prática profissional dos terapeutas ocupacionais. Sobre as necessidades de saúde, emergiram categorias relacionadas ao cenário de vida, acesso aos serviços de saúde e comprometimento funcional. No tocante às necessidades ocupacionais, surgiram aspectos voltados para o cuidar de si, socialização, envolvimento no trabalho e sentido do fazer. A participação foi ilustrada pelas DF que utilizavam os serviços de saúde da sua comunidade e aquelas que estavam restritas ao domicílio caracterizando uma rede social fragilizada. No que diz respeito à atuação do terapeuta ocupacional, foram relatadas ações diretas e indiretas para DF, como visitas domiciliares, encaminhamentos, adaptações, parcerias, educação em saúde e capacitações. Dentro desse processo de trabalho, foram encontrados muitos entraves, relativos aos desafios estruturais, dificuldades na efetividade da rede e na dinâmica do trabalho – que envolvem as relações interpessoais e acometimentos ocupacionais. Concluiu-se que o estudo favoreceu a melhor compreensão das necessidades de saúde e ocupacionais das DF, evidenciando que algumas demandas desse público, podem ser acolhidas no âmbito da atenção primária, e que na maioria das vezes, as DF deixam de realizar aquilo que desejam ou escolhem fazer, apresentando assim, uma lacuna ocupacional presente no seu cotidiano. Notou-se ainda, que a utilização dos serviços de atenção básica é fundamental para o exercício do direito de acesso à saúde, e que as dificuldades encontradas pelos profissionais no desenvolvimento de suas ações interferem na assistência oferecida, bem como no surgimento de possíveis situações de adoecimentos.

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Disponível na Internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br