Sobre a presença de ambiente marinho na Formação Morro do Chaves, Aptiano inferior da Bacia de Sergipe-Alagoas

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10-04-2013

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RODRIGUES, Luiz Fernando. Sobre a presença de ambiente marinho na Formação Morro do Chaves, Aptiano inferior da Bacia de Sergipe-Alagoas. Orientador: Luiz Fernando Freitas Rodrigues. 2013. 56 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociência, Universidade de Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2431. Acesso em:.
Este trabalho apresenta os dados obtidos a partir da análise de microfósseis calcários em amostras coletadas na Pedreira Atol da empresa CIMPOR, Município de São Miguel dos Campos, Estado de Alagoas, Formação Morro do Chaves da Bacia de Sergipe-Alagoas, visando investigar a presença de ambiente marinho ou com influência marinha no Aptiano Inferior desta unidade litoestratigráfica. As amostras foram coletadas na cava sul, São Miguel (Pedreira Atol), onde foram investigados 23 níveis de pelitos, intercalados com 13 pacotes de coquinas e arenitos, totalizando 76m de exposição. O tratamento das amostras para triagem dos espécimens pesquisa, seguiu os métodos usuais para separação de microfósseis calcários. A paleontologia e o conteúdo fossilífero da Formação Morro do Chaves abrange os principais grupos sistemáticos viventes durante o Mesozóico Médio, sendo que os peixes são os elementos mais abundantes estando associados a presença de biválvios,gastrópodes, ostracodes, tetrápodes e palinomorfos. O paleolago Morro do Chaves representa uma plataforma carbonática gerada em ambiente lacustre, caracterizada pelo acúmulo de coquinas, durante o estágio rifte da evolução da margem continental brasileira, depositados em condições tectônicas instáveis. Foram recuperados e reconhecidos cinco grupos microfossilíferos, incluindo os gêneros Cibicides e Ammoniade foraminíferos, ostracodes pertencentes aos gêneros Cypridea e Darwinula, bem como fragmentos zoariais de briozoários queilostomados, espículas de poríferos e um microbiválvio indeterminado.A composição taxonômica e as feições preservacionais das associações microfossilíferas sugerem que os foraminíferos, briozoários, poríferos e microbiválvio, tipicamente marinhos sofreram transporte de curta distância, constituindo assim uma concentração fossilífera alóctone. Ao contrário, a ostracofauna lacustre é considerada autóctone. Esta mistura de formas viventes em ambientes distintos teria ocorrido durante as oscilações positivas do lago Morro do Chaves, causadas pelas chuvas de monções, comuns durante o Cretáceo Inferior. Os dados coligidos neste trabalho sugerem que não existiu ambiente marinho e nem com influência marinha na Formação Morro do Chaves.

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