Crescimento, retrabalhamento crustal e termocronologia da orogênese transamazônica: exemplo da região de Oiapoque - leste do escudo das Guianas

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Data

11-03-2005

Orientador(es)

LAFON, Jean Michel Lattes

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Citar como

TAVARES, Roberta Patrícia dos Santos. Crescimento, retrabalhamento crustal e termocronologia da orogênese transamazônica: exemplo da região de Oiapoque - leste do escudo das Guianas. Orientador: Jean Michel Lafons. 2005. 51 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2005. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3447. Acesso em:.
O presente trabalho consisti na aplicação dos métodos Sm-Nd, U-Pb e Rb-Sr em rochas magmáticas e metamórficas e seus minerais, da porção nordeste da Guiana Francesa e da região de fronteira com o Amapá. Esse estudo geocronológico visa auxiliar a compreensão dos processos de formação e evolução da crosta continental arqueana e paleoproterozóica na porção oriental do Craton Amazônico durante a orogênese transamazônica. Visa também investigar a termocronologia metamórfica tardi-transamazônica, para o estabelecimento de um padrão de resfriamento para essa região. As idades modelos TDM(Nd), que foram obtidas neste estudo, foram comparadas com os dados Pb-Pb em zircão, obtidos anteriormente nessas mesmas amostras, e também foram comparadas com as outras idades TDM (Nd) disponíveis em outras unidades geológicas da Província Maroni-Itacaiúnas. Os resultados U-Pb em titanitas e Rb-Sr em biotitas foram comparados aos disponíveis para as rochas granulíticas do Amapá com o objetivo de avaliar a influência térmica desse episódio granulítico sobre o resfriamento regional no período 2100-2080 Ma (idade do episódio ultimo episódio magmático na região investigada) - 2060-2050 Ma (idade do episódio granulítico no Amapá) - 1970 Ma (final do resfriamento regional). As idades modelos TDM obtidas para todas as amostras investigadas na fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa espalharam-se do Paleoproterozóico até o Arqueano, definindo um intervalo de idade entre 2,32 Ga e 2,90 Ga. Esta idades indicam a existência de fontes a partir de uma crosta arqueana retrabalhada e a partir de uma crosta paleoproterozóica eo-transamazônica. Foram também evidenciados processos de mistura, em porções variadas, entre matérias provenientes de uma fonte juvenil de idade paleoproterozóica, provavelmente eo-transamazônica, e materiais proveniente de uma fonte crustal mesoarqueana, envolvida na orogênese Transamazônica. A idade U-Pb em titanitas obtidas foram 2079,2 +- 9,5Ma, 2079 +- 53 e 2105 =+ Ma. As duas primeiras, obtidas em granitóide, foram interpretadas como idades de cristalização, por serem muito semelhantes a idades Pb-Pb em zircão, evidenciando um resfriamento muito rápido, com é característico deste tipo de rocha. A idade U-Pb em titanita de 2105+- 27 Ma, obtida para um metadiorito, é significativamente mais nova que a idade Pb-Pb em zircão de 2139 +- 1 Ma desta mesma amostra, sendo assim, a idade de 2105 +- 27 Ma interpreta como sendo resultado do efeito térmico do evento migmatítico no sistema U-Pb da titanita, indicando a idade da fase de migmatização que afetou a área, onde temperaturas de cerca de 660°C (Frost et al. 2001), foram alcançadas. As idades Rb-Sr definem um intervalo bastante grande de idades entre 1,77 - 2,01 Ga marcando o resfriamento regional ocorrido no final da orogênese Transamazônica, quando temperaturas abaixo de 300° foram alcançadas. A comparação das idades Rb-Sr com as idades U-Pb em titanita de 2079 Ma sugere uma velocidade de resfriamento para a Região de Oiapoque em torno de 1,5°-2°C/Ma, mais lenta do que a velocidade de resfriamento de 3°-5°C/Ma proposta por Nomade et al. (2002).

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