Morfodinâmica e hidrodinâmica de praias do litoral nordeste paraense, Brasil

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Data

16-12-2011

Orientador(es)

ROLLNIC, Marcelo

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BORBA, Thaís Angélica da Costa. Morfodinâmica e hidrodinâmica de praias do litoral nordeste paraense, Brasil. Orientador: Marcelo Rollnic. 2011. 40 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1867. Acesso em:.
A região do Salgado Paraense é bastante recortada por rios e canais de maré e a dinâmica local ocorre segundo influência de macromaré com a presença de processos de erosão e progradação gerando uma fisiografia dinâmica. Neste ambiente dinâmico se localiza a ilha de Maiandeua, objeto de estudo deste. Devido à importância da ilha tanto sócio-econômica quanto ambiental, objetivou-se avaliar parâmetros hidrodinâmicos e morfodinâmicos bem como variações sazonais das praias da Caixa d’Água, Farol e Princesa, localizadas na ilha de Maiandeua, durante período chuvoso e seco. Os resultados obtidos mostraram que nas praias da Caixa d’Água e Farol a corrente possui uma direção preferencial para nordeste durante quase todo o ciclo de maré com as componentes paralelas e perpendiculares a linha de costa mostrando intensidades bastante similares. Na praia da Princesa, porém, a direção preferencial é para noroeste, além de possuir as maiores intensidades de correntes quando comparada as demais praias. As maiores intensidades de corrente, nas praias da Caixa d’água, Farol e Princesa, foram observadas durante período de enchente com valores máximos de 55,6, 69,2 e 111,37 cm/s, respectivamente. As praias da Caixa d’Água e Farol apresentaram os maiores valores de turbidez durante a enchete e a preamar, com máximo valor para a praia da Caixa d’Água durante a enchete do período seco de 813,67 FTU. No período chuvoso o valor máximo de turbidez para as praias da Caixa d’Água e Farol foi de 450 FTU, aproximadamente. A batimetria mostra que até 300 m da linha de costa a profundidade varia aproximadamente em 2 m, entretanto, nos próximos metros há um brusco aumento de profundidade podendo alcançar 13 m. Quanto a sua variação segundo a sazonalidade climática, está se mostrou mais rasa no período chuvoso com diferença entre os períodos de coleta de 2 m. A análise da variação do perfil praial, medido durante maré de quadratura e sizígia, na Caixa d’Água mostrou perda sedimentar de 163,84 m³ entre os nove dias de medição. A maior perda ocorreu na porção mais íngreme da praia mostrando significativa influência da variação de regime de maré. Conclui-se que as praias da Caixa d’Água e Farol estão sujeitas a mesmos processos hidrodinâmicos e sedimentares, e batimetria e perfil praial mostraram que a sazonalidade climática e variação entre regime de maré influenciam na morfodinâmica local.

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