Prevalência de doenças de notificação compulsória: um estudo epidemiológico

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01-01-2011

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SOUZA, Daniele Lima de. Prevalência de doenças de notificação compulsória: um estudo epidemiológico. Orientadora: Roseneide dos Santos Tavares. 2011. 52 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1385. Acesso em:.
As Doenças de Notificação Compulsória são assim designadas por constarem na Lista de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória, em âmbito mundial, nacional, estadual e municipal. Grande parte dessas doenças, devido sua gravidade demanda tratamento hospitalar em algum momento de sua evolução, sendo nesses casos que o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário João de Barros Barreto, contribui para realização das ações da vigilância epidemiológica. Este trabalho tem como objetivo verificar a prevalência das Doenças de Notificação Compulsória ocorridas no Hospital Universitário João de Barros Barreto no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2010, abrangendo as seguintes variáveis: critério de confirmação do diagnóstico, sexo, faixa etária, escolaridade, procedência e óbitos. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A fonte utilizada foi o Sistema de Informações de Agravos de Notificação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica. A análise dos dados foi realizada por meio do programa BioEstat 5.0, através do teste qui-quadrado e Teste G. O teste qui-quadrado foi utilizado nas variáveis que envolveram sexo, faixa etária e escolaridade. O Teste G foi aplicado nas variáveis que abrangeram procedência e óbitos. No período em estudo, foram registrados no banco de dados 7.194 casos suspeitos de Doenças de Notificação Compulsória, sendo destes 5.374 confirmados, entre as confirmados 4.908 correspondem a doenças prevalentes como tuberculose (2.057/4.908), meningite (923/4.908), AIDS (695/4.908), dengue (523/4.908), hepatites virais (383/4.908) e leishmaniose visceral (327/4.908). O critério de confirmação do diagnóstico foi maior através do critério clínico laboratorial do que o critério clínico-epidemiológico, exceto para tuberculose que teve a maior parte dos seus casos confirmados através do critério clínico-epidemiológico. O sexo masculino foi superior ao feminino em todas as doenças prevalentes em estudo. Destaca-se a faixa etária com maior freqüência de 0-12 anos para meningites, dengue e leishmaniose visceral, dos 19-39 anos para tuberculose e AIDS e dos 40-59 anos para hepatites virais. Quanto a escolaridade, a maior parte dos casos de meningite e leishmaniose visceral não possuíam ao menos um ano de estudo, para a AIDS com 5-8 anos e nos casos de dengue, tuberculose e hepatites virais prevaleceu 9-12 anos de estudo. A maioria dos casos confirmados é procedente da mesorregião metropolitana de Belém (74,55%). Quanto aos óbitos, a AIDS predomina 44,75% dos casos, seguido respectivamente a tuberculose, meningites, hepatites virais, leishmaniose visceral e dengue. As doenças em estudo exigem medidas eficazes para a sua prevenção e controle. O profissional de enfermagem, deverá colaborar com o processo de informação, decisão e ação, através de conhecimento teórico e científico do ambiente e situações de risco, realizando ações que promovam saúde para a sociedade de um modo geral.

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