A influência do torniquete pneumático sobre perda sanguínea, dor e edema na artroplastia total do joelho

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01-01-2019

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NASCIMENTO, Gabriel Augusto Remígio Lima do; VIEIRA FILHO, Paulo César Nascimento. A influência do torniquete pneumático sobre perda sanguínea, dor e edema na artroplastia total do joelho. Orientador: João Alberto Ramos Maradei Pereira. 2019. 68 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3156. Acesso em:.
Introdução: A artroplastia total do joelho é o tratamento cirúrgico definitivo para a osteoartrite de joelho e objetiva diminuir a dor e devolver funcionalidade à articulação. Durante o ato operatório utiliza-se um torniquete pneumático na região da coxa do membro que será operado, com o intuito de reduzir o sangramento cirúrgico total, melhorar a visualização do campo cirúrgico e, consequentemente, diminuir o tempo final de cirurgia. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que além de não promover diminuição da perda sanguínea total, esse dispositivo pode gerar diversas complicações pós-operatórias, como lesões musculares e nervosas, edema, dor crônica e eventos tromboembólicos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do torniquete pneumático sobre a perda sanguínea total, a dor e a formação de edema pós artroplastia total do joelho. Método: Foi realizado um ensaio clínico prospectivo, randomizado, longitudinal e unicego, com 37 pacientes submetidos à artroplastia total do joelho para tratamento de osteoartrite primária em um hospital na cidade de Belém-PA, no período de fevereiro a outubro de 2018. Os participantes foram alocados randomicamente em 2 grupos: 1) Sem torniquete, formado por 20 indivíduos que não utilizaram o torniquete pneumático durante a artroplastia total do joelho; e 2) Com torniquete, formado por 17 indivíduos que fizeram a sua utilização. Para avaliação da perda sanguínea total, foram analisadas as variações das cifras hematimétricas do hemograma entre o período pré-operatório imediato e após 48 horas da cirurgia, e estimado o volume total de sangramento através de cálculo pré-estabelecido. A dor e o edema foram avaliados no pré-operatório imediato, com 3 dias, 15 dias, 45 dias e com 4 meses de pós-operatório. O edema foi avaliado por meio de medidas da circunferência de coxa, perna e bimaleolar do membro operado, e a dor foi mensurada através da escala visual analógica. Resultados: A população do estudo foi composta em sua maioria por indivíduos do sexo feminino (83,8%), com idade média de 62,4 ± 8 anos e com IMC médio de 29 ± 3,9. O grupo Com torniquete apresentou estatisticamente mais indivíduos acometidos por diabetes mellitus tipo 2 e menor tempo de cirurgia do que os do grupo Sem torniquete (p = 0,005 e p = 0,010, respectivamente). Na avaliação da perda sanguínea após 48 horas do procedimento cirúrgico, a análise intergrupo não identificou diferença estatisticamente significativa na diminuição dos valores das cifras hematimétricas do hemograma (p>0,05) e nem no volume calculado de sangue perdido (p = 0,277). Também não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos quando avaliada a formação de edema no membro operado e no escore da Escala Visual Analógica de dor durante o período avaliado (p>0,05). Conclusão: A utilização do torniquete pneumático na artroplastia total do joelho não reduziu a perda sanguínea total, mas diminuiu o tempo cirúrgico. Não houve diferença em relação ao edema e dor pós-operatórios entre os grupos com e sem torniquete.

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