Mapeamento e detecção de mudanças em áreas de manguezais, nos litorais sul e sudeste do Brasil, utilizando dados multisensores de sensoriamento remoto e técnica de classificação orientada a objeto

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11-12-2017

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LOPES, João Paulo Nobre. Mapeamento e detecção de mudanças em áreas de manguezais, nos litorais sul e sudeste do Brasil, utilizando dados multisensores de sensoriamento remoto e técnica de classificação orientada a objeto. Orientador: Wilson da Rocha Nascimento Júnior. 2017. 64 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1587. Acesso em:.
Os Manguezais são importantes ecossistemas característicos de regiões tropicais e subtropicais localizados em zonas de transição entre ambientes terrestres e marinhos, com influência de maré, e apresentam vegetação típica. Diante de suas funções ecológicas podemos destacar o fato desse ambiente apresentar condições favoráveis para reprodução e abrigo de diversas espécies de animais, além de proteger a linha de costa, amenizando o impacto causado por erosão. O objetivo deste estudo é realizar o mapeamento e detecção de mudanças das áreas de manguezais referente ao litoral das regiões sudeste e sul do Brasil, entre os anos de 2008 e 2016, a partir de dados multisensores (Imagens SAR, Ópticas e Modelo Digital de Elevação) utilizando a abordagem de classificação orientada a objeto (GEOBIA), que determina a redução de uma imagem em regiões homogêneas (objetos imagens) através do agrupamento de conjuntos de pixels com características similares (aspectos espectrais, cor, forma, compacidade e suavidade). Diversos estudos sobre mapeamento de manguezais utilizando técnicas de processamento digital de imagens foram realizados para a área de estudo, porém a abordagem orientada ao objeto representa uma alternativa e avanço na classificação de imagens obtidas por diferentes sensores. Como resultados observou-se que em 2008 o litoral sul e sudeste do Brasil continha 849,55 km² de áreas de manguezais e 806,64 km² em 2016. Isso demonstra uma perda líquida de 42,91 km² na área de manguezal. Dentro os 5 estados mapeados, somente o estado do Paraná apresentou aumento no total de áreas de manguezais entre 2008 e 2016. A partir da análise da detecção de mudanças constatou-se que houve um acréscimo total de 138,53 km², uma erosão total de 181,44 km² e permaneceram inalteradas uma área de 668,11 km² de manguezal. A validação da classificação ocorreu através de análises estatísticas de duas matrizes de confusão (2008 e 2016) contendo os erros e acertos da classificação. A matriz de confusão, para o ano de 2008, apresentou índices de exatidão global = 0,92, índice Kappa = 0,84, e índice Tau = 0,84. Em 2016 apresentaram índices de exatidão global = 0,93, índice Kappa = 0,86, e índice Tau = 0,86. Esses resultados demonstram a eficácia da utilização da classificação orientada a objetos para o mapeamento e análise da dinâmica dos manguezais do sul e sudeste do país, atingindo níveis entre muito bom e excelente. Em relação ao ano de 2008, ao associarmos os dados obtidos neste trabalho com os dados de Nascimento Júnior (2016) e Pereira (2015) alcançamos 13.790 km2 de florestas de manguezais mapeados a partir de metodologia homogênea (GEOBIA).

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