Avaliação da agregação plaquetária e do fibrinogênio em pacientes com doença arterial obstrutiva crônica dos membros inferiores

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01-01-2006

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AMARAL, Carlos Alberto Costa do; VASCONCELOS, Érica Moussalem; GOMIDE, Rogério Filizzola. Avaliação da agregação plaquetária e do fibrinogênio em pacientes com doença arterial obstrutiva crônica dos membros inferiores. Orientador: Silvestre Savino Neto. 2006. 71 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4637. Acesso em:.
O trabalho tem como objetivo investigar a atividade plaquetária, medida pelo teste da agregação plaquetária, e os níveis plasmáticos de fibrinogênio nos diferentes estágios da doença arterial obstrutiva crônica dos membros inferiores. Foi realizado um estudo individual, observacional, transversal e analítico, onde o teste de agregação plaquetária e a dosagem de fibrinogênio foram dosados através da coleta do sangue venoso periférico nos membros superior e inferior, realizado nas enfermarias de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e no ambulatório de Cirurgia Vascular da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPa), na cidade de Belém. Os pacientes foram divididos em 2 grupos, além do grupo controle: Grupo A - 08 pacientes do sexo masculino ou feminino com idade entre 50 e 70 anos portadores de doença arterial obstrutiva crônica dos membros inferiores nas fases evolutiva de claudicação intermitente, dor em repouso e/ou lesão trófica; Grupo B - 10 pacientes do sexo masculino ou feminino com idade entre 50 e 70 anos portadores de fatores de risco para doença arterial obstrutiva crônica dos membros inferiores, Grupo C - 10 pacientes do sexo masculino e/ou feminino do grupo controle com idade entre 50 e 70 anos. Os critérios de exclusão foram o uso regular de medicamentos antiagregantes plaquetários, vasodilatadores, drogas hemorreológicas, portadores de neoplasias malignas e de hepatopatias. No estudo estatístico, foi utilizado o programa Bioestat. Como resultados observamos que neste trabalho não se observou significado estatístico entre os estados de hiperagregação ou hipoagregação plaquetária nos grupos estudados. Entre os pacientes doentes, 75% apresentaram fibrinogênio elevado, não havendo diferença estatística entre a variação do fibrinogênio no membro superior em relação ao membro inferior. Nos pacientes do grupo B (fatores de risco), 22% possuíam fibrinogênio elevado, sendo que todos eram tabagistas de longa data e 10% do grupo controle apresentou fibrinogênio elevado. Entre os pacientes diabéticos, 88,9% apresentaram fibrinogênio alto na perna, quando comparados aos não diabéticos (p = 0,002). Possui significância estatística relatar que o fibrinogênio estava elevado em pacientes portadores de Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), se comparado ao grupo controle e fator de risco. A prevalência de fibrinogênio alto foi maior no grupo A (doentes) quando comparado com os grupos controle (C) e fator de risco(B) (p = 0,003). Este estudo nos permite inferir que o fibrinogênio poderá ser utilizado como um fator de risco independente para complicações trombóticas em pacientes com DAOP. Ao contrário do que se observa na literatura, verificou-se no grupo de pacientes com DAOP um estado de hipoagregação plaquetária, onde haveria uma associação de hipoagregação plaquetária e desenvolvimento de eventos vasculares, o que poderia estar relacionado com o grau de isquemia apresentado pelos pacientes, pois neste trabalho 75% dos mesmos estavam em fase de isquemia com dor em repouso ou com lesões tróficas do membro inferior, caracterizando isquemia grave. Entretanto, novos estudos necessitam ser realizados para corroborarem estas observações.

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