Microscopia de luz infravermelha próxima e suas aplicações geológicas: implantação da técnica no laboratório de inclusões fluidas do IG/UFPA

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04-12-2019

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OLIVEIRA NETO, Plácido Cardoso de. Microscopia de luz infravermelha próxima e suas aplicações geológicas: implantação da técnica no laboratório de inclusões fluidas do IG/UFPA. Orientador: Régis Munhoz Krás Borges. 2019. 49 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3094. Acesso em:.
A microscopia de luz infravermelha próxima (Near Infrared – NIR) é uma técnica que permite a caracterização de feições internas (texturas, zoneamentos, bandas de crescimentos e inclusões fluidas e sólidas) de minerais que se comportam como opacos à luz visível. O infravermelho próximo, localizado imediatamente na faixa do espectro da radiação eletromagnética ligeiramente acima da luz vermelha, em termos de comprimento de onda (780 a 2500 nm) se caracteriza como uma radiação com intensidade de energia adequada para não estimular os elétrons da camada de valência para a banda de condução, onde a matéria absorverá parcial ou totalmente a luz incidente. De acordo com a composição química do mineral, a energia mínima para que este se torne opaco é chamada de energia gap. Fatores internos, como a presença de impurezas – elementos-traço em substituição a algum elemento intrínseco ao mineral – e externos, como a espessura da amostra, também influenciam no grau de transparência que o mineral pode apresentar. Um sistema de microscopia de NIR foi colocado em rotina no Laboratório de Inclusões Fluidas, do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Pará para o estabelecimento de uma configuração ideal para a sua utilização. Este sistema é composto por um microscópio BX51-IR, da OLYMPUS, duas câmeras de infravermelho (IV): RETIGA 4000R, com sensibilidade espectral de até 1000 nm e alta resolução (2048 x 2048 pixels) e ROLERA-XR, com sensibilidade espectral de até 1080 e baixa resolução (696 x 520 pixels), da QIMAGING e o programa QCAPTURE PRO7. Para a realização dos testes foram analisadas lâminas polidas de amostras de óxidos e sulfetos de diferentes distritos mineiros do Brasil: da Província Mineral de Carajás as análises foram executadas em cristais de hematita e magnetita; do Quadrilátero Ferrífero em cristais de hematita e, da Província Pitinga em cristais de hematita, cassiterita e esfarelita. O grau de transparência dos minerais estudados é coerente com a energia gap que eles apresentam. Todos os cristais de magnetita permaneceram opacos, enquanto que os de hematita mostraram diferentes graus de transparência, de boa a muito boa, no caso da proveniente de Carajás, e opaca no caso da hematita de Pitinga. Os cristais de cassiterita e esfarelita apresentaram boa transparência. A implantação desta metodologia mostrou bons resultados, a partir do entendimento da ótica do sistema NIR e dos resultados das imagens obtidas, criando uma boa expectativa para sua utilização em estudos metalogenéticos, além de outras aplicações geológicas.

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