Análise dos métodos não invasivos de avaliação hepática em pacientes portadores de hepatite c crônica no ambulatório de hepatologia da Universidade Estadual do Pará, entre os anos de 2014 e 2016

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01-01-2017

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SANTOS, Marcos Vinicios Rodrigues dos; SILVA, Paulo Henrique Cândido Lopes da. Análise dos métodos não invasivos de avaliação hepática em pacientes portadores de hepatite c crônica no ambulatório de hepatologia da Universidade Estadual do Pará, entre os anos de 2014 e 2016. 2017. 47 f. Orientadora: Vânia Cristina Ribeiro Brilhante. 2017. 47 f.Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1280. Acesso em:.
As doenças hepáticas crônicas, em especial a hepatite C crônica, cursam ou podem cursar de maneira silenciosa durante anos até se manifestarem com complicações como cirrose, hipertensão porta e hepatocarcinoma. Dessa forma é fundamental obter um diagnóstico antes destas manifestações. Os métodos não invasivos para avaliação de fibrose são alternativas cada vez mais usadas, em detrimento à biópsia hepática, uma vez que permitem a avaliação de fibrose hepática em qualquer estágio, principalmente nos mais avançados, não é avaliador dependente, possuem poucas contraindicações e não trazem riscos adicionais ao paciente. Trata-se de um estudo observacional analítico do tipo transversal, através de análise de prontuários de pacientes atendidos em um ambulatório de hepatologia de Belém. Os prontuários deveriam conter exames de biópsia hepática, elastografia transitória e exames laboratoriais que permitissem o cálculo de APRI e de FIB 4. Na análise estatística, as variáveis qualitativas foram caracterizadas segundo suas frequências absolutas e relativas, utilizando o teste de Shapiro-Will para as variáveis qualitativas e quantitativas. Para avaliação da relação entre os testes não invasivos e a caracterização Metavir, foi usado o teste de Kruskal-Wallis. Para a análise da sensibilidade, especificidade, acurácia e demais testes de inferência foi feita, foi utilizada a biópsia hepática como teste diagnóstico padrão ouro. Além disso, foram avaliados novos pontos e corte segundo curva ROC e área sob a curva. Dos 97 prontuários analisados, 40 atendiam aos critérios de inclusão e exclusão. A média de idade dos pacientes incluídos na análise foi de 58,25 (dp = 11,48). O genótipo 1 foi o mais prevalente, seguido do genótipo 3. Não ouve um equilíbrio nos estágios, segundo a classificação Metavir, do grupo estudado. Do total, 21 pacientes apresentavam graus avançados de fibrose hepática (F3 e F4). O Fibroscan obteve 100% na avaliação de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN), com significância estatística (p<0,001), diferentemente do FIB-4 e do APRI, que não apresentou valores de significância. O Fibroscan obteve 1,000 na avaliação da área sob a curva, enquanto FIB-4 e APRI resultaram em 0,701 e 0,751, respectivamente. O acurácia do Fibroscan foi de 100%. A prevalência do genótipo viral 1 não é exclusiva desta região, ela segue um padrão mundial, assim como em segundo lugar está o genótipo 3, seguido do 2. A distribuição dos pacientes, segundo a escala Metavir, não demonstrou predominância significativa de nenhum grupo, neste ou nos outros trabalhos verificados. O Fibroscan, através de estudo com 349 pacientes portadores de variadas doenças hepáticas crônicas, apresentou valores de AUROC de 0,87 para fibrose severa (F3/F4) e de 0,90 para cirrose hepática. A elastografia transitória se mostrou uma alternativa eficaz no estadiamento de fibrose hepática possuindo boa correlação com o índice Metavir, possuindo excelente sensibilidade e especificidade. Devido distintos valores de corte propostos entre os estudos, a sensibilidade e a especificidade tiveram grandes variações para o FIB-4 e APRI, onde todos os pontos de cortes foram menores que os predefinidos em protocolos nacionais, sendo necessário uma maior discussão sobre a possibilidade de reduzir estes postos para que seja seguro escolher estes métodos em detrimento à biópsia.

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