Limitações da setorização sedimentar do estuário Mocajuba

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29-01-2018

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PEREIRA, Débora Rodrigues. Limitações da setorização sedimentar do estuário Mocajuba. Orientadora: Sury de Moura Monteiro. 2018. 45 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/856. Acesso em:.
Este estudo trata da dificuldade da identificação dos setores marinhos, transicionais e fluviais em um estuário dominado por macromaré. O objetivo do trabalho é identificar os setores do estuário Mocajuba, nordeste paraense, e se este pode ser setorizado perante suas características sedimentológicas. A partir disso, a nossa hipótese é que o estuário Mocajuba pode ser setorizado quanto às suas características sedimentológicas e que será possível distinguir os seus setores, marinho, intermediário e fluvial. Assim, a técnica aplicada foi a Setorização sedimentar. Os procedimentos analíticos adotados foram: granulometria; quantificação do teor de matéria orgânica e carbonato de cálcio; e tratamento estatístico, através da Análise de Agrupamento e de Componentes Principais. Com isso, obtivemos três grupos: o grupo 1, agrupa as frações arenosas muito finas (57%), pobremente selecionados, assimetria negativa e hidrodinâmica moderada. A porcentagem média de Lama foi 9,39%, MO com 0,67% e CaCO3 com 6,24%. O grupo 2 agrupa as frações arenosas médias (45,5%) e arenosas grossas (31,8%), moderadamente selecionadas, assimetria positiva a muito positiva e alta hidrodinâmica. Apresentou os valores médios de: 5,8% de Lama, 0,68% de MO e 6% de CaCO3. O grupo 3 apresenta o maior número amostral, representado pela fração síltica média (43,8%) e grossa (28,6%), pobremente selecionada, assimetria positiva a muito positiva, e hidrodinâmica moderada. A porcentagem média de Lama foi 83,71%, MO 0,75% e CaCO3 com 9,38%, e atingiu máximo neste grupo, de 20,98% de CaCO3. Contudo, ao propor a Setorização sedimentar a partir de ferramentas estatísticas, observamos empecilhos que mascararam os limites de cada setor. Assim, a Setorização sedimentar foi limitada e não permitiu a aplicação dos modelos estuarinos ao Mocajuba. De início atribuímos esta divergência ao 1) método estatístico utilizado. Porém, observamos que este método é amplamente empregado em diversos estuários de modo eficaz, assim como pode ser aplicado ao estuário Mojuim, adjacente ao Mocajuba. Portanto, refutamos esta hipótese e consideramos que 2) o estuário Mocajuba possui configuração geológica/geomorfológica diferenciada. Assim, esta configuração pode ser consequência: da evolução estuarina; do baixo aporte fluvial; da alta influência marinha; e da orientação retilínea do canal, possivelmente moldada pela presença de uma falha tectônica e ação da maré. Portanto, concluímos que não é possível setorizar o estuário Mocajuba a partir das suas características sedimentológicas.

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