Variabilidade espaço-temporal da clorofila-a e temperatura da superfície do mar no oceano Atlântico tropical

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08-02-2022

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FERNANDES, Matheus Lindemberg de Sousa. Variabilidade espaço-temporal da clorofila-a e temperatura da superfície do mar no oceano Atlântico tropical. Orientador: João Pedro Mancio Amorim. 2022 . 97 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022 . Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4261.Acesso em:.
O Oceano Atlântico Tropical (OAT) é caracterizado por apresentar variabilidades de processos meteorológicos e oceanográficos, ao longo do espaço e do tempo. As oscilações nos campos de temperatura, salinidade, densidade e ventos são exemplos de variações pertinentes para os estudos da oceanografia física, visto que, está ciência está por trás do estudo das alterações espaciais e temporais das propriedades do oceano. Devido a isso, o OAT se torna uma região de interesse de estudo, pois sua dinamicidade envolve as mudanças intersazonais, interanuais, interdecadais e diárias. Tais alterações físicas ocorrem em diversos tipos de escalas presentes no sistema do OAT, desempenhando um papel importante na circulação de propriedades como massa, calor e sal entre os hemisférios. Atributos como Clorofila-a e Temperatura da Superfície do Mar (TSM) deixam marcas na superfície do oceano, sinais, que podem ser analisadas de forma remota, possibilitando verificar sua variabilidade espaço-temporal. Sabendo disso, o objetivo deste trabalho é verificar de que forma os padrões de Clorofila-a e TSM variam ao longo do tempo e do espaço em função da dinâmica local e coerência dessas variações. Para isso, foram coletados dados de sensoriamento remoto, referentes à área de estudo, abrangendo uma escala temporal extensa para análise. Os dados obtidos são referentes aos sensores SeaWifs e MODIS-Aqua (Level-3), com uma resolução espacial de 9 km, além de modelos oceânicos (Level-4). Após isso, esses elementos foram processados por meio de linguagem de programação python. A partir dos resultados obtidos das séries históricas foram analisados por meio da Funções Ortogonais Empíricas (EOF) os dois principais modos de variância explicada para TSM e Clorofila-a. Com isso, os resultados relativos à foz do rio Amazonas e Congo nos mostram uma variação sazonal da propagação das plumas, definidas pela dinâmica off-shore e do equador térmico. Já os dois principais modos de variância explicada para ressurgência costeira na costa da África indicam uma correlação entre os processos sazonais de fortalecimento e enfraquecimento do regime de vento região, os quais condicionam a ocorrência e força da ressurgência costeira. Diante disso, conclui-se que os padrões de variação das propriedades Clorofila-a e TSM estão condicionadas às variações sazonais de meso e macroescala no OAT, os principais modos de variância das EOFs reforçam a coerência das principais variações dentro do sistema. Por fim, aconselha-se estudos posteriores mais robustos, integrando outros tipos de análises e integração de dados como: descarga fluvial, índices pluviométricos, análise dos campos de correntes e de vento e comparação com dados coletados em in situ para auxiliar na interpretação. Palavras-chaves: clorofila-a; TSM; Oceano Atlântico Tropical; EOF; sensoriamento remoto.

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