“Existe diferença na evolução de pacientes transplantados renais com ou sem cirurgia de banca?”

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01-01-2017

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SILVA, Rafaelle Taynah Soares da. “Existe diferença na evolução de pacientes transplantados renais com ou sem cirurgia de banca?”. Orientador: Silvestre Savino Neto. 2017. 80 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1282. Acesso em:.
A quantidade de pessoas que necessita de transplante renal é maior do que a quantidade de órgãos disponíveis. A cirurgia de banca, ou bancada, sob hipotermia surgiu como a possibilidade de correção vascular e aproveitamento dos rins com variação de anatomia de pedículo vascular, anteriormente considerados inviáveis para transplante. Estudos comparativos entre pacientes submetidos a procedimento de cirurgia de banca para reconstrução do pedículo vascular em transplante renal e pacientes sem anomalia dessa estrutura são escassos, principalmente quanto à funcionalidade do novo órgão em longo prazo, sendo relevantes para atestar a efetividade desta técnica. O objetivo do estudo é avaliar a evolução dos pacientes transplantados renais submetidos à cirurgia de banco, verificando sua efetividade e estabelecendo comparação com as cirurgias sem reconstrução de pedículo renal quanto à funcionalidade do órgão através da análise da taxa de filtração glomerular. O estudo foi analítico observacional de coortes retrospectivo, com 172 pessoas do total de 422 pacientes submetidos a transplante renal no Hospital Ophir Loyola no período entre 2005 e 2016, divididos em dois grupos (grupo A e grupo B). O grupo A conta com 90 pacientes submetidos a transplante renal que necessitaram de cirurgia de banco. O grupo B controle é composto por 82 pacientes submetidos a transplante renal sem necessidade de cirurgia de banco. Foram tabulados dados referentes a aspectos demográficos, além da estimativa da taxa de filtração glomerular através de fórmula desenvolvida no estudo Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) versão reduzida e da equação da Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). Entre os pacientes submetidos a transplante renal, no HOL, a maioria era do sexo masculino, entre 21 e 50 anos e a raça de maior prevalência foi parda. A quantidade de cirurgias de banca realizadas no intervalo da pesquisa foi de aproximadamente 21,3% do total de transplantes realizados entre 2005 e 2016. Quanto ao tipo de doador, a maioria era falecido. Da amostra estudada submetida à cirurgia de banca, a maioria tinha anomalia vascular apenas do tipo arterial, sendo a artéria renal dupla (28,6%) a anomalia de pedículo mais frequente. Não foi encontrada relevância estatística na comparação da função renal dos pacientes transplantados renais com cirurgia de banca e dos que não fizeram cirurgia de banca com 1 ano, 5 anos, 10 anos ou mais após o transplante. Neste estudo não foi observada diferença, em longo prazo, na função renal após transplante de rim em pacientes que necessitaram de reconstrução de pedículo renal, quando comparados aos que não necessitaram da mesma.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br