Violência contra crianças e adolescentes do sexo feminino narradas pela mídia impressa paraense

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01-01-2018

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COSTA, Raine Marques da. Violência contra crianças e adolescentes do sexo feminino narradas pela mídia impressa paraense. Orientadora: Vera Lúcia de Azevedo Lima. 2018. 81 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1705. Acesso em:.
INTRODUÇÃO: A violência é um fenômeno que alcança todo o gênero humano e está presente em todas as sociedades ao longo da história. Sendo compreendida como um fenômeno complexo e ocasionado por diversos fatores e, portanto, precisa ser compreendido no contexto, meio cultural e momento histórico em que acontece. Assim como mulheres, idosos, as crianças e adolescentes são consideradas entre os grupos mais vulneráveis à violência. Nos últimos anos os meios de comunicação, jornais, televisão, internet, tem mostrado de forma assustadora o avanço da violência na sociedade e, tem-se ganhado destaque que, atitudes violentas não devem ser aceitas na sociedade como naturais, mas, como violação dos direitos humanos. OBJETIVO: Analisar a violência contra crianças e adolescentes do sexo feminino narrado pela mídia impressa do Estado do Pará. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo com abordagem quantitativa. Foram consultados 730 exemplares do jornal O Liberal, sendo selecionadas 334 notas de violência contra a mulher ocorridas entre os anos 2016 e 2017. Destas 99 notas foram contra crianças e adolescentes do sexo feminino ocorridas no Estado do Pará. Os dados foram coletados das notas dos jornais, agrupados e sistematizados através de um roteiro com o suporte do Programa Microsoft Office Excel 2010. Os dados obtidos foram apresentados em forma de mapa, gráficos e tabelas. A análise dos dados foi realizada a luz das publicações que versão acerca da temática estudada. RESULTADOS: Os resultados apresentam a caracterização do perfil da vítima e do autor de violência, os tipos de violência de maior prevalência e os cuidados de enfermagem frente a violência contra a crianças e adolescentes do sexo feminino. A pesquisa aponta que a maioria dos casos de violência notificados pela mídia impressa ocorre entre menor de um ano a 12 anos (61,86%) consideradas crianças segundo o ECA e, 38,14% estão as adolescentes entre 13 a 18 anos. As notas revelaram que a faixa etária predominante foi entre 10 e 12 anos. Quanto ao tipo de violência, a sexual apresentou-se em 59,60% das notas, a residência foi o local de maior ocorrência (70,52%), o estupro foi o meio empregado (61,26%), genitália o local mais atingido (55,93%) e a maioria dos casos de violência foram perpetrados por conhecidos (47, 40%). Quanto ao dia da semana, os achados são quase proporcionais, no entanto percebe-se um ligeiro crescimento ao longo da mesma e decaí ao final da semana. Com relação aos autores da violência, o sexo masculino foi o mais predominante (43,85%), com a faixa etária entre 19 e 26 anos (27,91%), a maioria dos agressores são casados (53,85%). Em relação ao vínculo com a vítima, revelou-se que a maioria são pessoas conhecidas (47,40%), quanto a profissão/ocupação, não teve uma profissão que destacou mais que as outras, foram encontrados nos mais variados níveis socioeconômicos. Conclusão: É indispensável o papel da mídia impressa para a divulgação de assuntos pertinentes que ocorrem na sociedade, contribuição para subsidiar pesquisas e trabalhos científicos e, também para o planejamento de ações estratégicas que possam coibir a violência contra crianças e adolescentes e assegurar o direito à um crescimento e desenvolvimento saudável.

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