Caracterização hídrica e sedimentar da sub-bacia de Melgaço – Pará

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Data

01-01-2014

Orientador(es)

ROLLNIC, Marcelo Lattes

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NOBRE, Ana Carolina Lemos. Caracterização hídrica e sedimentar da sub-bacia de Melgaço – Pará. Orientador: Marcelo Rollnic. 2014. 66 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1960. Acesso em:.
A região amazônica é composta por uma série de densas e complexas redes de drenagem que são responsáveis pelo transporte de uma grande quantidade de água e sedimentos para o oceano Atlântico. Dentre estas redes de drenagem podemos citar a bacia de Portel/Melgaço, localizada no intermédio entre as bacias do rio Amazonas e Tocantins/Araguaia. Poucos estudos foram realizados nesta região, sobretudo aqueles relacionados à hidrodinâmica local.Desta forma, objetivo do presente trabalho é analisar a contribuição hídrica e sedimentar da bacia de Portel/Melgaço para a Baia do Marajó. Para tal, foram realizadas coletas na região de Melgaço (bacia Portel/Melgaço) em duas campanhas distintas: junho de 2013 e março de 2014, onde foram realizadascampanhas durante um ciclo de maré (13 horas) para medição de maré, turbidez, material particulado em suspensão (MPS), batimetria e balanço hídrico. A maré foi aferida através do auxílio de um sensor de pressão (Datalogger) fundeado no local de coleta. A turbidez foi aferida com um sensor OBS (Optical Backscatter Sensor) e o MPS foi medido através da filtragem de água (coletada com uma garrafa Van Dorn) pelo método gravimétrico; ambos através da realização de perfis verticais nas duas margens e meio do rio. O balanço hídrico foi medido através da realização de seções transversais com um perfilador de correntes (ADCP). O levantamento batimétrico foi feito com o auxílio de um ecobatímetro, perfazendo uma malha previamente estabelecida com espassamento de 200 metros entre cada perfil batimétrico. Na primeira campanha a altura de maré foi 0,66 metros e na segunda, 0,56 metros, o que representa uma variação de 0,10 metros entre as campanhas. O perfil batimétrico mostrou grande variação entre a margem esquerda (cidade de Melgaço-PARÁ), com média de 1 metro e a margem direita e meio do rio (onde localiza-se o canal principal), onde a máxima obtida foi de 27 metros. Na primeira campanha os valores de turbidez da margem direita e meio do rio foram maiores que os da margem esquerda.Neste período a média de turbidez foi de 24 FTU e 27 FTU, respectivamente para superfície e fundo; a média de vazante foi de 12 FTU e a de enchente, 10 FTU. O MPS nesta campanha apresentou maiores valores para o fundo e menores para a superfície, com média de 3 mg.L-1 e 9 mg.L-1 para superfície e fundo, respectivamente; as médias de vazante e enchente foram de 4 mg.L-1 e 7 mg.L-1, respectivamente. A análise do balanço hídrico mostrou que neste período de coleta houve a entrada de água para a bacia de Portel/Melgaço, com média para o ciclo de maré de -822 m3.s-1. A velocidade longitudinal (ū) foi maior nesta campanha, com máximo valor de 0,4 m.s-1.Na segunda campanha os valores de turbidez foram menores que na primeira, sendo a margem direita a que apresentou maiores valores. As médias de superfície e fundo foram, respectivamente, 5 FTU e 9 FTU, sendo as médias de vazante e enchente semelhantes (5 FTU). Os valores de MPS neste período foram maiores que na primeira campanha, sendo as médias para superfície e fundo de, respectivamente, de 5 mg.L-1 e 12 mg.L-1; para vazante e enchente as médias foram de 10 mg.L-1 e 7 mg.L-1. O balanço hídrico mostrou que nesta campanha houve a saída de água da baia, com média de 622 m3.s-1. A velocidade longitudinal (ū) teve valor máximo de 0,3 m.s-1,sendo menor se comparada à primeira campanha. Desta forma, a variação dos parâmetros analisados é influenciada, sobretudo, pela entrada e saída de água da baia, as quais podem ser provenientes tanto da bacia Portel/Melgaço, quanto da bacia do rio Amazonas.

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