Artefatos líticos de sítios arqueológicos do Salobo região de Carajás-PA: mineralogia e composição química

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10-04-2013

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PANTOJA, Heliana Mendes. Artefatos líticos de sítios arqueológicos do Salobo região de Carajás-PA: mineralogia e composição química. Orientador: Marcondes Lima da Costa. 2013. 39 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2170 .Acesso em:.
A região de Carajás, uma das principais províncias minerais do Brasil, é também rica em sítios arqueológicos, alguns descobertos pré-pesquisas minerais e outros durante as atividades de implantação dos projetos de lavra mineral, através de salvamento arqueológico. Durante estas atividades foram coletadas inúmeras amostras de materiais líticos e de vasos e fragmentos cerâmicos (FCs). No intuito de auxiliar essas pesquisas, principalmente visando identificar a matéria-prima e possível proveniência dos líticos, empregaram-se técnicas mineralógicas (DRX) e químicas (FRX) de certa forma não destrutivas em amostras coletadas de sítios da região de Salobo, um dos mais recentes empreendimentos minerais com produção de cobre e ouro. As peças líticas foram resgatadas durante escavações realizadas de 2004 a 2006 por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, que cederam as amostras para esta investigação. Elas representam adornos tipo contas e pingentes e suas pré-formas. Os resultados obtidos mostram que foram confeccionadas em rochas constituídas fundamentalmente de caulinita tipo flint, quartzo, por vezes florencita e hematita. Rochas com caulinita, (quartzo) e florencita não são comuns em Carajás, enquanto hematita sim. Florencita foi reportada isoladamente na antiga mina de ouro do Igarapé Bahia, não estando associada com caulinita flint como dos artefatos do Salobo. Caulinita com natureza flint e florencita são mais frequentes em veios hidrotermais, mas ainda não foram identificados em mapas geológicos de Carajás. Portanto a matéria-prima dos adornos e suas préformas provém de veios hidrotermais, certamente da região, faz-se necessário o conhecimento mais detalhado da geologia para descobrir a sua proveniência, o local de extração. Certamente foi preferida pela dureza média a baixa, textura fina, que permitiam ser trabalhadas e polidas.

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