Estudo descritivo sobre os pacientes atendidos no ambulatório de geriatria do HUJBB, no período de março de 2003 a agosto de 2006

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01-01-2007

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PINHEIRO, Gracivaldo Castro; SOUZA, Jamile Alves de; LIMA, Márcia Socorro Silva. Estudo descritivo sobre os pacientes atendidos no ambulatório de geriatria do HUJBB, no período de março de 2003 a agosto de 2006. Orientador: Karlo Edson Carneiro Santana Moreira. 2007. 70 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2007. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4789. Acesso em:.
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, sendo um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea. No Brasil, segundo as projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde, ocorrerá uma mudança no quadro epidemiológico relativo à morbimortalidade da população, passando a predominar o quadro de doenças crônicas não transmissíveis, peculiares da população idosa, ao invés de doenças infecto-contagiosas prevalentes em populações jovens. Assim, enfermidades demenciais como a Doença de Alzheimer (DA) passarão a assumir dimensões epidêmicas com o envelhecimento populacional. A finalidade da presente pesquisa é descrever o perfil clínico epidemiológico da população idosa atendida no ambulatório de geriatria do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), dando ênfase aos achados cognitivos funcionais. O hospital, referência na região Norte na área de psiquiatria, realiza significativo trabalho em pessoas portadoras daquela enfermidade. Foi realizado um estudo descritivo através de coleta de dados de prontuários associado à aplicação de protocolo de pesquisa de pacientes matriculados no período de março de 2003 a agosto de 2006. O anteprojeto desta pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética do hospital. A população atendida foi, majoritariamente, do sexo feminino (67%); na faixa etária de 71 a 80 anos (44,3%); e, apresentando média escolaridade (28,9%). Em relação aos exames de imagem, 58,8% realizaram TC de crânio e 6,2%, RM de crânio. Quanto ao diagnóstico, 60,8% dos pacientes apresentaram diagnóstico de demência, 16,5% transtorno cognitivo leve e 30,9% tinham depressão associada ou não aos quadros de transtorno cognitivo. Dos pacientes demenciados, 59,3% apresentavam como provável etiologia a Doença de Alzheimer em fase moderada. Conclui-se que, embora, o conceito de que as demências como conseqüência inevitável do envelhecimento esteja ultrapassado, as dificuldades para o seu diagnóstico persistem, particularmente, na fase inicial do processo, quando, não raro, o paciente está alheio aos seus déficits cognitivos ou tenta minimizá-los e disfarçá-los para não serem notados. Apesar disso, é notória a negligência da avaliação rotineira da função cognitiva como exame compulsório durante as consultas médicas.

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