Percepções e vivências de mulheres acerca da humanização no parto normal

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01-01-2017

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GOMES, Ana Carolina de Sousa; SOBRINHO LIMA, Thayane. Percepções e vivências de mulheres acerca da humanização no parto normal. Orientadora: Patrícia Danielle Feitosa Lopes Soares. 2017. 88 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1397. Acesso em:.
INTRODUÇÃO: A gravidez e o parto são processos singulares, experiências únicas e especiais no universo da mulher e de seu parceiro, que envolvem também suas famílias e a comunidade na qual se inserem. Momento repleto de muitos sentimentos, dentre eles, amor, satisfação, medo, insegurança, muitas dúvidas, no qual é imprescindível uma assistência de qualidade para atender essa mulher de forma humanizada, respeitando e fazendo valer seus direitos. O estudo vem ressaltar, através das vivências de mulheres, a importância da humanização no parto normal, almejando reforçar os benefícios dessa assistência, já recomendada pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, além de esclarecer e fortalecer os direitos dessas mulheres, direitos esses que muitas vezes são desconhecidos e/ou não realizados, fazendo com que as mesmas não recebam um cuidado humanizado em seu trabalho de parto e parto, e assim pela falta de informação e orientação durante todo o ciclo gravídico, as transforma em meras expectadoras no seu processo de parturição. OBJETIVOS: descrever as percepções e vivências de mulheres acerca da humanização no trabalho de parto e parto normal e apreender o conhecimento dessas mulheres a respeito do parto humanizado e suas implicações durante o trabalho de parto e parto por meio de suas vivências. MÉTODO: procedeu-se um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no Alojamento conjunto (ALCON), da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), com 16 mulheres em pós-parto normal, por meio de entrevista semiestruturada. RESULTADOS: foram construídos a partir de um núcleo direcionador central, gerando cinco categorias de análise: 1) O parto humanizado: conhecimento x desconhecimento; 2) A importância da orientação no ciclo gravídico puerperal: o caminho desde o pré-natal até o processo de parto e nascimento; 3) Práticas na atenção ao parto e nascimento: a humanização sob as perspectivas das puérperas; 4) A importância do vínculo com os profissionais de saúde no contexto do processo parturitivo com vistas à humanização; 5) A violência na assistência obstétrica na percepção das mulheres: o caminho inverso à humanização no parto. Diversas práticas foram mencionadas pelas mulheres relacionadas às vivências de humanização no parto, dentre elas destacam-se a presença do acompanhante, o contato pele a pele imediato com o RN ao nascimento, a liberdade de posição e movimento, a utilização de métodos não farmacológicos de alívio da dor, e o parto normal propriamente dito como via de parto de preferência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: para que o parto humanizado seja de fato exercido dentro das instituições de saúde, é necessária a mudança da assistência profissional, com grande enfoque no pré-natal, onde a mulher possa ter uma assistência de qualidade, clara e objetiva, esclarecendo suas dúvidas e fortalecendo seus direitos, preparando-a para o trabalho de parto, parto e maternidade. Tendo em vista, que a partir do reconhecimento dos seus direitos, ela tem entendimento e autonomia no seu processo de parturição.

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