Estudo observacional clínico de pacientes portadores de leucemia mielóide crônica em tratamento com mesilato de imatinibe monitorados com pcr quantitativo para bcr-abl.

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01-01-2009

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ALVARES, Leonardo Azevedo; CARVALHO NETO, Rodrigo Raimundo Santana de. Estudo observacional clínico de pacientes portadores de leucemia mielóide crônica em tratamento com mesilato de imatinibe monitorados com pcr quantitativo para bcr-abl. Orientador: Alexandre Rodrigues de Lemos. 2009. 67 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4647. Acesso em:.
A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa originada da translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, que funde seqüências genéticas do c-ABL e BCR, formando o cromossomo Filadélfia que codifica a síntese da oncoproteína BCR-ABL a qual possui atividade tirosino-quinase constitutiva que desregula as vias comuns de transdução celular, causando anormalidades no ciclo celular, inibição da apoptose e o aumento da proliferação celular. Mesilato de Imatinibe mostra-se capaz de induzir remissão hematológica, citogenética e apresenta boa resposta molecular. Objetivos: Comparar, em pacientes com leucemia mielóide crônica em fase crônica, a taxa de remissão molecular maior (RMM) entre os pacientes que receberam tratamento precoce (<1 ano entre o diagnóstico e início do tratamento) e tardio com imatinibe. Métodos: Entre Mai/2002 e Nov/2007, foram estudados 44 pacientes com LMC na fase crônica em tratamento com imatinibe, atendidos no Serviço de Hematologia do Hospital Ophir Loyola, Belém-Pará-Brasil. Os níveis do transcrito BCR-ABL foram medidos periodicamente através da técnica de reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real, com intervalo médio de 6 meses entre os exames. Resultados: O grupo de pacientes que iniciou o tratamento com imatinibe até 1 ano após o diagnóstico apresentou probabilidade de 60% de entrar em RMM, enquanto a probabilidade para os que iniciaram o tratamento tardio foi de 40%. A probabilidade de não apresentar RMM até 1 ano após o início do tratamento ou de perder a RMM foi maior nos pacientes que iniciaram o tratamento tardiamente (79%) do que nos pacientes que receberam tratamento precoce (21%, P=0,012, odds ratio=5,75). A probabilidade de manter a RMM ao trigésimo mês de tratamento foi de 80% no grupo de tratamento precoce e de 44% no grupo de tratamento tardio (P=0,0005). Conclusão: Em pacientes com LMC em fase crônica tratados com imatinibe, as probabilidades de apresentar e de manter RMM são maiores no grupo de pacientes que inicia o tratamento precoce, ou seja, com intervalo entre o diagnóstico de LMC e o início do tratamento com imatinibe inferior a 1 ano.

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