Transporte de material particulado em suspensão na foz do Rio Amazonas

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Data

28-04-2016

Coorientador(es)

ROLLNIC, Marcelo Lattes

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Citar como

SILVA, Heriton Kevin do Nascimento. Transporte de material particulado em suspensão na foz do Rio Amazonas. Orientador: Renan Peixoto Rosário. Coorientador: Marcelo Rollnic. 2016. 36 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/876. Acesso em:.
O rio Amazonas diariamente aporta para Oceano Atlântico quantidades elevadas de água e material particulado em suspensão (MPS), este transporte de partículas finas sofre variação sazonal e ao longo da maré. A primeira é em decorrência de dois períodos distintos, diferenciados quanto a taxa de precipitação períodos seco e chuvoso e a segunda variação decorre do encontro entre forçantes fluviais e marinhas. Neste sentido o presente trabalho teve por objetivo geral quantificar a diferença sazonal e ao longo da maré no transporte de MPS, pelos canais Norte e Sul, foz do rio Amazonas. Para isto foram realizadas duas campanhas em cada canal, uma em novembro de 2012 (período seco) e outra em junho de 2013 (período chuvoso) ambas em maré de sizígia. Cada canal foi fragmentado em estações margem esquerda, margem direita e meio de modo a verificar a distribuição espacial das propriedades investigadas, para cada estação coletou-se água de superfície e de fundo ao longo de cinco seções distribuídas em um ciclo de maré, o registro da oscilação da maré foi adquirida com um sensor de pressão e os dados de vazão foram gerados com aplicação de um modelo numérico com um pacote de simulação hidrodinâmica D-Flow, também foram feitos registos de turbidez para serem analisados de maneira qualitativa, a fim que se corroborasse com os dados de MPS. A quantificação do MPS foi realizada por gravimetria e no cálculo de seu Transporte foi considerado que o MPS se movimentava concomitante ao fluxo hídrico. Durante o período chuvoso, foi observado um transporte de MPS em média 4,5 maiores em comparação ao período oposto, onde foi obtido um transporte médio entre os canais de 33.259 (toneladas.estágío-1). Explicado pelo alargamento do rio e seus afluentes durante o período chuvoso que provoca inserção de particulados em seu fluxo, sendo melhor observado em áreas acometidas por desmatamento, outra resposta a este aumento é a intensificação do processo erosivo nas regiões andinas que somam ao particulado carreado pelo rio. O canal Sul evidenciou maior taxa no transporte de MPS para o oceano Atlântico, aproximadamente 50% maior para ambos os períodos em resposta a configuração morfológica do ambiente tendo em vista que o maior aporte hídrico é dado por este canal. Ao longo da maré o transporte de MPS apresentou, sempre maiores valores durante o estágio de vazante, conferindo ao ambiente como exportado de MPS em decorrência da assimetria de maré, onde o tempo de vazante e maior que o tempo enchente. Os registros de turbidez e concentrações de MPS sofreram aumento durante o período chuvoso e evidenciaram aumento de suas taxas com a profundidade devido a interação com o fundo.

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1 CD-ROM

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