Variação nictemeral do zooplâncton na baia do Marajó (Ilha de Colares), Pará – Brasil

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08-05-2014

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MORAES, Ana Flávia Martins. Variação nictemeral do zooplâncton na baia do Marajó (Ilha de Colares), Pará – Brasil. Orientadora: Lucinice Ferreira Belúcio. 2014. 63 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2101. Acesso em:.
Foram realizados estudos para conhecer a composição e o comportamento do mesozooplâncton e avaliar a variabilidade temporal em pequena escala em uma estação de coleta, na baía do Marajó, nas proximidades da ilha de Colares. A baía é caracterizada por maré dinâmica e caráter oligohalino. O limite do estuário superior ocorre neste trecho. As amostragens foram realizadas de acordo com a variação da maré, durante um ciclo nictemeral, em dezembro de 2009 (período chuvoso). Uma rede de plâncton cilídrico-cônica de 150 μm de malha e 30 cm de diâmetro de boca, equipada com fluxômetro, foi arrastada na superfície por 200 metros. Amostras de água para temperatura, pH, salinidade e condutividade foram tomadas simultaneamente e medidas a profundidade e amplitude da maré. Os ciclos de marés exercem influência sobre a salinidade (2,2 a 4,3), a condutividade (4,28 a 7,77), o pH (6,94 e 6,96) e a temperatura (27,7ºC a 28,9ºC) do estuário, que apresentou baixa salinidade, estabilidade térmica e relativa homogeneidade. Em laboratório, as análises foram realizadas em câmaras de Bogorov, sob microscópio esteroscópico, usando pelo menos três alíquotas de 5 ml. A comunidade foi constituída por oito grandes grupos taxonômicos e vinte e oito (28) taxa zooplanctônicos. Arthropoda Copepoda foi o grupo mais abundante, constituindo 56,85% do total do zooplâncton, seguido de Protista e Mollusca. O grupo que mais se destacou foi Crustacea. Dentre os Crustacea, foram registrados organismos pertencentes às classes Copepoda (Calanoida, Cyclopoida e Harpacticoida), Cirripedia e Malacostraca. As larvas de Cirripedia, adultos e copepoditos de Oithona bjornbergae, Difflugia sp. e copepodito de Pseudodiaptomus foram dominantes. Em geral, a densidade variou entre 538,3 a 4217,9 org.m³, com grande aumento durante o horário de enchente H7 (25350,4 org.m³). A diversidade foi mais elevada durante os horários de enchentes e preamares H3, H4, H7 e H8 (0,944 bits/ind., 0,844 bits/ind., 0,884 bits/ind. e 0,896 bits/ind. (respectivamente) e mais baixas durante a vazante e baixamar noturna H5 e H6 (0,490 bits/ind. e 0,501 bits/ind.). Os valores de equitabilidade (0,637) acompanharam os de diversidade (0,921 bits.). Os táxons de maior frequência de ocorrência foram larvas de Cirripedia e Pseudodiatomus richardi que se mostraram presentes em todas as amostras coletadas. Esse grupo mixohalino parece refletir as características de transição deste setor estuarino. Não foi observado um ciclo nictemeral claro para o zooplâncton, cujos padrões observados acompanham as variações do ciclo de marés.

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