Hipertensão arterial nas populações quilombolas do Brasil: uma revisão sistemática da literatura

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15-12-2023

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MORAES, Ana Léia; GBETIE, Cidna Placidia Medessè. Hipertensão arterial nas populações quilombolas do Brasil: uma revisão sistemática da literatura. Orientador: Hilton Pereira da Silva; Coorientadora: Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto. 2023. 35 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7046. Acesso em: .
Introdução: As comunidades quilombolas possuam uma riqueza cultural e histórica inestimável, também enfrentam uma série de desafios de saúde que têm raízes em desigualdades socioeconômicas, históricas e raciais persistentes. Dentre os desafios está a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), uma condição de saúde crônica, o acesso limitado a serviços de saúde de qualidade, a falta de saneamento básico, a pobreza e a discriminação, assim como a escassez de estudos epidemiológicos que caracterizem a situação de saúde dessas populações, permitindo o delineamento para implementação e acompanhamento de ações e de políticas voltadas para a melhoria de suas condições de vida e de saúde. Objetivo: Realizar revisão sistemática a fim de investigar fatores de risco e barreiras aos diagnóstico, tratamento e controle da hipertensão nessas comunidades. Métodos: Busca sistemática em bancos de dados Google Scholar, PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde, Scientific Eletronic Library Online SCIELO, Caderno de Saúde Pública CSP, Elsevier Science Direct e Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações BDTD utilizando as combinações dos descritores: ‘’Hipertensão’’ e ‘’Quilombolas’’. Os dados foram extraídos e organizados para análise. Resultados/Discussão: Foram selecionados 348 artigos no período de 2013-2023 e, de acordo com os trabalhos levantados, apenas 77 apresentavam alguma relação direta com a presente revisão. Assim, pôde-se perceber que a HAS tem alta prevalência em afro-brasileiros e é consequência de um processo histórico que tem sua gênese em agravantes construídos no período escravista (tortura, trabalhos forçados, miséria, angústia espiritual, ansiedade e medo). Álcool, fumo, alimentar desbalanceada, estresse e outros fatores são responsáveis por potencializar os riscos para o desenvolvimento da HAS. Conclusão: Esta revisão sistemática revelou a alta prevalência da hipertensão arterial em quilombolas e demostrou que ainda hoje se sabe pouco sobre os verdadeiros fatores de risco para desenvolvimento da doença nessas populações. Assim, a alta prevalência de hipertensão arterial encontrada reforça a necessidade de um amplo programa de promoção e de acesso aos serviços de saúde para diagnóstico precoce, bem como orientações para o manejo adequado deste agravo.

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