Prevalência e fatores associados aos casos de lesões intraepitelial cervical de alto grau na unidade de referência especializada de Belém – PA

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01-05-2019

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AGUIAR, Gilvane Pereira; PEREIRA NETO, Joaquim. Prevalência e fatores associados aos casos de lesões intraepitelial cervical de alto grau na unidade de referência especializada de Belém – PA. Orientadora: Maria Francisca Alves. 2019. 63 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5793. Acesso em: .
O câncer do colo uterino é considerado um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo com cerca de 500 mil novos casos por ano, sendo responsável pelo óbito de mais ou menos 230 mil mulheres. Fatores de risco para lesão cervical de alto grau embora muito estudado, ainda necessitam ser conhecidos em cada população e em cada período. Objetivo: neste estudo objetivou-se avaliar a prevalência e os fatores associados às Lesões intraepitelial cervical de Alto Grau (HSIL) em mulheres atendidas na Unidade de Referência Materno Infantil de Belém (UREMIA). Metodologia:O estudo foi observacional do tipo transversal, com abordagem quantitativa utilizando o programa Bioestat 5.3. Realizou-se no período entre janeiro e dezembro de 2017, os dados foram coletados através dos prontuários das pacientes encaminhadas para Unidade de Referência Especializada Materno-infantil e Adolescente (UREMIA). Resultado: Foram avaliadas 335 mulheres com diagnóstico colpocitológico de Lesão intraepitelial (SIL ou LIE). A confirmação do grau foi através do exame histopatológico realizado na URE: Lesão intraepitelial de alto grau (HSIL - High grade squamousintraepitheliallesion ou LIEAG) e Lesãointraepitelial de baixo grau (LSIL – Low grade squamousintraepitheliallesion ou LIEBG). A amostra foi dividida em dois grupos: um grupo de diagnosticadas com LIEAG (GAG) com 282 casos (84,17%), e um grupo com LIEBG (GBG) com 53 casos (15,82%). No perfil epidemiológico e clínico do GAG encontrou-se: adultas jovens (40,8%), procedentes da capital (58.5%), com ensino fundamental incompleto(59,2%), convivendo com o parceiro (73 %) e renda de até 1 salário mínimo(62,4 %), sem patologias pré-existente, sem uso de medicações de rotina e sem antecedente de neoplasias na família. Não faziam uso do tabaco e drogas ilícitas, porém com relação ao uso de bebidas alcoólicas foi inverso (55,3%) sendo estatisticamente significante. A menarca foi com mais de 12 anos de idade, a sexarca dos 16 e 20 anos e o número de parceiros de até 3. A metade do GAG (50.7%) uso contraceptivos e destas apenas metade usou preservativos (54.7%). Com relação à vida sexual ativa apresentou 243 casos (86,2%), razão de prevalência de valor significativo ( p= 0,0252). Na história da doença cervical, a maior freqüência no GAG foi de mulheres com diagnóstico de HPV ( n=181; 64,2%), relato de lesão cervical anterior (65,6%) e que já haviam realizado algum tratamento cervical (n=180 ; 63.8%). Os fatores associados à HSIL foram uso de álcool e vida sexual ativa, com o valor para a Razão de prevalência significativo (p= 0,0277) e (p= 0.0252), respectivamente.Conclusão: A prevalência de HSIL neste estudo foi de 84, 18%. As variáveis associadas foram uso de álcool e vida sexual ativa. O perfil epidemiológico e clínico é semelhante aos de outros estudos, reforçar a atenção para estes casos, que tem maior tendência para o desenvolvimento das HSIL e do câncer cervical. Torna-se necessário a implementação de programas governamentais com esta atenção, bem como a capacitação de profissionais da saúde e elaboração de ações educativas periódicas em toda região ao público alvo

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