Uso do ambiente e plasticidade alimentar da pescada branca (Plagioscion Squamosissimus, Heckel, 18400), capturada na porção interna do estuário amazônico

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28-01-2011

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MESQUITA, Esther Cardoso. Uso do ambiente e plasticidade alimentar da pescada branca (Plagioscion Squamosissimus, Heckel, 18400), capturada na porção interna do estuário amazônico. Orientadora: Andréa Pontes Viana. 2011. 60 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1603. Acesso em: .
O presente estudo teve o objetivo de caracterizar o uso do ambiente e a plasticidade alimentar da pescada branca (Plagioscion squamosissimus, Heckel, 1840), capturada na porção interna do estuário amazônico (Rio Pará, baía do Guajará e baía do Marajó). Foram utilizados dados de coletas realizadas no período de 2006 a 2010, utilizando-se redes de emalhar com malhas de diferentes tamanhos (canais) e tapagem (igarapés). As coletas foram realizadas considerando-se as estações da região (chuvoso, transição chuvoso-seco, seco e transição seco-chuvoso). Foram coletados 1.710 indivíduos no total; deste 495 foram obtidos na baía do Marajó, 847 na baía do Guajará e 368 no rio Pará. Foram analisados o índice de repleção (IR) e grau de repleção (GR) além do conteúdo estomacal, utilizando-se a Freqüência de Ocorrência (%FO), Frequência Numérica (%N) e Percentual em Peso (%P). Foram ainda consideradas para análise a área, período, estádios de maturação (juvenil e adulto) e o ambiente (canal e igarapé). As variações encontradas foram testadas através da análise de variância (ANOVA). Os resultados encontrados mostraram que todas as áreas analisadas são utilizadas para a alimentação de P. squamosissimus, uma vez que mais da metade dos estômagos analisados possuíam alimento. O período chuvoso apresentou o maior número de indivíduos com estômagos cheios, alimentando-se no Rio Pará e baía do Guajará. Os igarapés foram ambientes de intensa atividade alimentar quando comparados ao canal, devido à maior disponibilidade de alimento nessas áreas. A principal área de alimentação dos indivíduos jovens foi a baía do Guajará e os adultos nas outras duas áreas. Os crustáceos foram dominantes na dieta, com destaque para Macrobrachium amazonicum e Acetes paraguayensis, seguido de teleósteos. No rio Pará a dieta de P. squamosissimus foi composta basicamente de A. paraguayensis, enquanto na baía do Guajará houve o domínio de M. amazonicum. Na baía do Marajó os teleósteos constituem o principal item da dieta. Essa variação está relacionada ao tamanho dos indivíduos capturados e à plasticidade trófica da pescada branca. Não houve diferenças significativas na composição da dieta quando se considerou o período do ano. No canal houve predomínio de teleósteos e, nos igarapés, de crustáceos. Não foram observadas diferenças significativas entre juvenis e adultos quanto a composição da dieta. Plagioscion squamosissimus possui hábito carnívoro com tendência à piscívoria; no entanto, no presente trabalho observou-se que a mesma é oportunista, consumindo o item que estava disponível no ambiente.

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