Desfechos clínicos de pacientes portadores de hepatite C crônica em um serviço de referência para tratamento das doenças do fígado

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01-01-2019

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SANTOS, Danielle Borborema Tolentino dos; SANTOS, Jéssica Seibert dos. Desfechos clínicos de pacientes portadores de hepatite C crônica em um serviço de referência para tratamento das doenças do fígado. 2019. 71 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/prefix/3242. Acesso em:.
Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite C é uma das principais causas de doença hepática crônica em todo o mundo, isso por que aproximadamente 85% das infecções agudas pelo VHC evolui para a cronicidade, possuindo um curso insidioso, com uma evolução lenta e progressiva. As complicações decorrentes incluem cirrose e carcinoma hepatocelular. Assim, o objetivo da terapia medicamentosa é curar a infecção pelo VHC para evitar as complicações hepáticas e extra-hepáticas relacionadas a doença. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de Hepatite C crônica além de investigar os principais desfechos clínicos e o resultado obtido após o tratamento. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, transversal, avaliando os dados provenientes de prontuários. A amostra foi selecionada aleatoriamente e avaliada quanto aos critérios de inclusão e exclusão. Os dados obtidos foram registrados em Banco de dados construído no Microsoft Office Access e na análise foram aplicados métodos estatísticos descritivos e inferenciais. Resultados e Discussão: Foram 108 pacientes avaliados, havendo predomínio do sexo masculino (55,6%). Com relação a idade, a mínima e a máxima foram 35 e 85 anos, respectivamente, com média de 60,7 anos (DP +- 12,2 anos). Dessa casuística 57,4% era portador de pelo menos uma comorbidade, com maior prevalência de esteatose hepática (27,8%). Entre os genótipos virais, encontrou-se maior frequência do genótipo 1b (45,4%), seguido do G3, G1a e G2 com prevalências de 28,7%, 20,4% e 3,7 %, respectivamente. Do total, 95,4% tiveram seu grau de fibrose avaliado encontrando uma prevalência maior de fibrose grau 4 (44,4%). Nestes pacientes, as complicações encontradas foram hipertensão portal 47,9%, ascite (25%) e encefalopatia hepática (6,25%). Da casuística, 75,9% realizaram tratamento, nesses o esquema antirretroviral mais utilizado foi o Sofosbuvir + Daclatasvir (30,5%) e o tempo de tratamento mais frequente foi de 12 semanas (83%). Considerando o padrão de resposta, pode-se perceber que 76,8% não possuía PCR ao final do tratamento, porém entre os 19 casos registrados a RVS foi de 84,2%. Conclusão: Nesse estudo o perfil encontrado para os portadores de HCV foi semelhante aos disponíveis na literatura: sexo masculino, acima dos quarenta anos, com infecção pelo vírus do genótipo 1b. Entre os graus de fibrose, houve predomínio da cirrose hepática, sendo que neste grupo complicações como varizes esofágicas foram as mais comuns. Em relação ao tratamento, foram encontradas altas taxas de RVS no grupo que fez acompanhamento e realizou dosagem de PCR.

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