Geocronologia e Paleoambiente de rochas carbonáticas do grupo tucavaca (Bolívia), com base nos isótopos de Sr, C E O

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

07-03-2012

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente. Geocronologia e Paleoambiente de rochas carbonáticas do grupo tucavaca (Bolívia), com base nos isótopos de Sr, C E O. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2012. 92 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1868. Acesso em:.
O estudo das rochas carbonáticas é de suma importância para o entendimento e caracterização de depósitos de hidrocarbonetos, uma vez que 50% do petróleo mundial estão associados a estas rochas. A Bolívia é um grande exemplo, pois atualmente é a maior exportadora e possui a segunda maior reserva de gás natural da América do Sul. O Grupo Tucavaca ocorre em uma vasta área da Bolívia oriental, denominada Aulacógeno Chiquitos-Tucavaca, o qual é considerado um rift abortado de uma junção tríplice, também denominada como Faixa Tucavaca. A estratigrafia da bacia Tucavaca é representada, da base para o topo, por uma sequência constituída pelo Grupo Boquí seguido pelo Grupo Murciélago e o Grupo Tucavaca. O Grupo Tucavaca é formado por conglomerados da Formação Pacobillo, carbonatos da Formação Pororó, arenitos da Formação Bocamina e, folhelhos, argilitos e siltitos da Formação Pesenema. O grupo em questão é carente de estudos paleoambientais e a idade de sua deposição ainda é incerta. Assim, em busca dessas informações, empreenderam-se estudos isotópicos de C, O e Sr nos carbonatos da Formação Pororó. Com esse objetivo, as amostras coletadas foram previamente submetidas a análises petrográficas e por fluorescência de raios-X, a fim de selecionar as mais apropriadas para as análises isotópicas. Os carbonatos aqui estudados foram individualizados em três microfácies: dolomito fino laminado, dolomito e brecha dolomítica. Os estudos de isótopos estáveis foram realizados em todas as amostras da sequência e as amostras selecionadas para as análises de Sr foram TUCA – 1, TUCA – 3 e TUCA – 8. Os valores obtidos para 13C e 18O são negativos variando de -5,24 a -2,56‰ e -7,16 a -4,59‰, respectivamente. As razões 87Sr/86Sr obtidas foram de 0,707712 (TUCA – 8), 0,707925 (TUCA – 1) e 0,710183 (TUCA – 3). Os valores de 18O encontram-se dentro do limite estabelecido como parâmetro para carbonatos neoproterozóicos considerados isotopicamente inalterados, determinado como <-10‰. Os valores negativos de 13C indicam a baixa ou inexistente atividade biológica no oceano e a possível incorporação da matéria orgânica nos sedimentos carbonáticos. As razões 87Sr/86Sr obtidas posicionaram as rochas estudadas no final do Neoproterozóico (Ediacarano), no intervalo entre 580 e 560 Ma.

Fonte

1 CD-ROM

Fonte URI