Síndromes hipertensivas: influência do pré-natal nas internações hospitalares

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01-01-2018

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FONSECA, Jackeline Chaves; LOPES, Karina Barros. Síndromes hipertensivas: influência do pré-natal nas internações hospitalares. Orientadora: Elisângela da Silva Ferreira. 2018. 67 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1701. Acesso em:.
As Síndromes Hipertensivas Específicas da Gestação (SHEG), é o conjunto de sinais e sintomas importante em obstetrícia, pois incide em cerca de 10% das primíparas sendo a maior causa de mortalidade materna e perinatal no Brasil. Durante a tentativa de mudar este cenário, vemos ao longo da história da saúde pública no país, a criação de estratégias, políticas e programas que objetivam assistir a mulher sobretudo grávida de maneira satisfatória. Porém o número de mulheres que desenvolvem complicações na gravidez culminando em parto prematuro, retardo no desenvolvimento do feto, morte materna, fetal e neonatal, entre outros, são números expressivos que não podem ser ignorados. Diante disso, sabe-se através de pesquisas que a SHEG pode ser detectada e tratada precocemente no pré-natal, e de acordo com o Ministério da Saúde deve ser classificada como alto risco. Esse estudo objetiva investigar o pré-natal de gestantes internadas com diagnóstico de SHEG em clínica de tratamento obstétrico afim de mostrar se a forma como foi realizado o pré-natal dessas gestantes com SHEG, pode influenciar na evolução dessa patologia, levando essas grávidas à internação hospitalar, possibilitando traçar o perfil sociodemográfico desse público, detectar as condutas tomadas durante o prénatal diante dos sinais e sintomas da SHEG e identificar os fatores de risco presentes no histórico das participantes. Trata- se de um estudo descritivo, prospectivo com abordagem quantitativa. Integraram a amostra dessa pesquisa 33 gestantes em boas condições clínicas e psicológicas, com diagnóstico de SHEG, admitidas no período de 01 a 30 de novembro de 2018, na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, hospital referência na atenção à gestante de alto risco e ao recém-nascido. Quanto ao perfil encontrado pelas pesquisadoras, as participantes se encontravam na faixa etária entre 19 e 34 anos, possuíam o ensino médio completo, se consideraram pardas, residiam na região metropolitana de Belém, relataram serem do lar e encontravam-se em uma união estável. Grande parte eram primigestas, estava em uma gestação prematura, aproximadamente metade foram classificadas com Pré-eclâmpsia, e em média cada uma apresentou 5 fatores de risco. Iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre de gestação, participaram em média de 7 consultas, a maioria delas eram realizadas pelo profissional enfermeiro, quase metade das grávidas não foram classificadas quanto ao risco gestacional. E mediante aos sinais e sintomas da SHEG não receberam nenhum tipo de conduta assistencial. Encontrou-se nesse estudo algumas limitações, quanto o número de participantes e o tempo de coleta, os resultados poderiam ser diferentes se o estudo fosse realizado com um número maior de mulheres e com um tempo maior para a pesquisa, no entanto acredita-se que esse número é importante vista a semelhança com outros estudos e pesquisas relevantes sobre o tema abordado. Concluímos que o pré-natal pode influenciar diretamente nas internações hospitalares por SHEG, demonstrando a relevância desta pesquisa para o meio científico, para os gestores de serviços de saúde e sociedade de modo geral. Esses resultados podem contribuir como indicadores da qualidade do pré-natal na Região Metropolitana de Belém e fortalecer estudos sobre o tema.

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