Avaliação dos fatores de risco relacionados à severidade da covid-19 em pacientes com diabetes tipo 2 de um hospital universitário da região norte entre 2020 e 2021

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01-01-2022

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LEITÃO, Loyane Tamyres Costa; FURLANETO, Matheus Perini. Avaliação dos fatores de risco relacionados à severidade da covid-19 em pacientes com diabetes tipo 2 de um hospital universitário da região norte entre 2020 e 2021. Orientadora: Karem Miléo Felício. 2022. 41 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)- Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5644. Acesso em:.
Introdução: Durante a pandemia de COVID-19 foi observado que indivíduos com comorbidades prévias como doenças cardiovasculares, pulmonares e metabólicas, a exemplo do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), apresentavam maior risco de complicações quando infectados pelo novo coronavírus. Muitos desses pacientes evoluíam com pneumonia e agravavam com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), corroborando rapidamente para falência de múltiplos órgãos. Objetivo: Avaliar fatores de risco relacionados à severidade de COVID-19 em pacientes portadores de DM2. Método: Estudo observacional retrospectivo de caráter analítico, desenvolvido a partir de entrevista com pacientes com diagnóstico de DM2 e COVID-19, e análise de dados clínicos e laboratoriais prévios referentes às consultas ambulatoriais no Serviço de Endocrinologia e Metabologia de um Hospital de Referência na Região Norte. As hipóteses foram testadas segundo a natureza das variáveis considerando alfa de 5%. Resultados: Foram estudados 101 pacientes com DM2, todos dislipidêmicos, que tiveram COVID-19 nas formas assintomática ou leve (n=62), moderada (n=32), e grave (n=7), classificadas mediante critérios clínicos e/ou laboratoriais, de acordo com o Ministério da Saúde. Desses, 35 se autoentitularam pardos, 33 negros e 33 brancos, não sendo diferentes as proporções raciais em função da forma clínica (p=0,7389). Quanto à idade, os pacientes tinham em média 59,8 ± 9,2 anos, também não sendo diferente entre as formas clínicas da COVID-19 (p=0,5786). Similarmente, não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05) entre as formas da COVID-19 ao serem comparadas quanto à presença de obesidade, tempo de DM e dislipidemia, hemoglobina glicada, presença e tempo de HAS, colesterol total, taxa de filtração glomerular (TFG), níveis de creatinina e presença de doença arterial periférica. Considerando o desfecho óbito ou cura, observou-se que os primeiros eram em média 10,8 anos mais velhos (p=0,0051), possuíam maior tempo de diagnóstico de DM2 (17,2 vs. 9,1 anos; p=0,0020), maior média de colesterol total (210,0 vs. 181,8 mg/dL; p=0,0373), maior concentração média de creatinina (1,2 vs. 0,9 mg/dL; p=0,0300) e eram mais frequentes entre os que possuíam TFG<60 mL/min/1,73m² (p=0,0041), sem outras associações em relação ao perfil clínico. Conclusão: Fatores de risco como nefropatia crônica, idade, tempo de doença e colesterol elevados estiveram relacionados com piores desfechos em pacientes com diabetes que apresentaram COVID-19.

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