Neurotoxoplasmose: achados radiológicos em portadores de SIDA internados no Hospital Universitário João de Barros Barreto, de novembro de 2004 a novembro de 2005

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01-01-2006

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FEITOSA, Gerusa Ninos; FIDELIX, Karolliny da Silva. Neurotoxoplasmose: achados radiológicos em portadores de SIDA internados no Hospital Universitário João de Barros Barreto, de novembro de 2004 a novembro de 2005. Orientador: José Antônio Brito Santos. 2006. 74 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4627. Acesso em:.
A neurotoxoplasmose é uma das infecções oportunistas mais comuns encontradas em pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), principalmente nos estágios mais tardios da doença, quando a contagem de linfócitos T CD4 é baixa. Este estudo tem como objetivo descrever aspectos epidemiológicos, clínicos e diagnósticos da encefalite toxoplásmica em portadores de SIDA internados no Hospital Universitário João de Barros Barreto, no município de Belém, no período de novembro de 2004 a novembro de 2005. Para obtenção das informações necessárias foi utilizado protocolo de pesquisa padrão o qual foi preenchido a partir das informações coletadas nos prontuários dos participantes, os quais se encontram na Divisão de Arquivos Médicos e Estatística do Hospital Universitário João de Barros Barreto (DAME). Todas as informações foram inseridas em um banco de dados no programa EPI INFO versão 6.04b para análise estatística. No período analisado, internaram no hospital 72 pacientes com diagnóstico de encefalite toxoplásmica, no entanto, só foram encontrados 64 prontuários constituindo a população de pesquisa deste trabalho. Verificou-se que a maior parte dos pacientes era procedente de Belém (82%), e do sexo masculino (76,6%). A freqüência dos casos na faixa etária de 30 a 39 anos foi semelhante com 28,1% (18/64) em ambos os sexos. A doença foi mais freqüente em pacientes pardos (68,8%) e solteiros (71,9%). O baixo grau de escolaridade esteve presente em 40,6% (26/64) dos participantes. Dentre as manifestações clinicas: distúrbio motor respondeu com 29,6% (47/64), cefaléia 22,6% (36/64), convulsão 16,4% (26/64). A forma de transmissão do HIV observada foi a sexual com 36% (23/64) e o tempo de doença (SIDA) demonstrou-se ser de 1 a 4 anos em 39,1% (25/64) dos casos. Os achados neurorradiológicos apresentaram-se prevalentemente como lesões múltiplas (20,7%), hipodensas (68,8%), provocando efeito de massa em 22,7%, localizadas principalmente nos gânglios da base(24%). As principais alterações neurológicas verificadas foram convulsão (58%), torpor (22%), confusão mental (11%). O tempo de internação preponderante foi de 10 a 19 dias (29,7%). 21,9% (14/64) dos casos evoluíram para o óbito. Os resultados obtidos nesta investigação apontam para a necessidade em reconhecer uma imagem neurorradiológica padrão das manifestações da neurotoxoplasmose para diagnóstico e tratamento precoce.

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