O zooplâncton da praia do Chapéu Virado, Ilha de Mosqueiro(Belém, Pará): caracterização em períodos de baixa pluviosidade

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08-02-2022

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MORAIS, Luana Souza de. O zooplâncton da praia do Chapéu Virado, Ilha de Mosqueiro(Belém, Pará): caracterização em períodos de baixa pluviosidade. Orientador: Lucinice Ferreira Belúcio . 2022 . 59 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022 . Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4257.Acesso em:.
O zooplâncton é composto por organismos heterotróficos, que possuemum papel importante no transporte de energia para os níveis tróficos superiores. Este trabalho teve como objetivo conhecer a estrutura da comunidade zooplanctônica da praia do Chapéu Virado na ilha de Mosqueiro (Belém, Pará), durante períodos de baixa pluviosidade (novembro e dezembro), e avaliar a importância dos fatores abióticos sobre possíveis diferenças nos parâmetros ecológicos registrados. A ilha de Mosqueiro é caracterizada por praias estuarinas, dominadas por marés semidiurnas e com amplitudes de 3,60 m, sujeitas à forte hidrodinâmica. As amostras utilizadas fazem parte da coleção do Laboratório de Biologia Aquática (BIOAQUA/ICB/UFPA) e foram obtidas, em quatro anos consecutivos (2009 a 2012), através de coletas realizadas no curso das marés de um ciclo nictemeral a cada ano. As amostragens foram realizadas por arrastos horizontais subsuperficiais, com uma rede de plâncton cilíndrico-cônica (150 μm). Os horários de coleta foram selecionados de acordo com as Tábuas de Marés (Diretoria de Hidrografia de Navegação, Marinha do Brasil) para a região. Temperatura, pH e condutividade/salinidade foram medidos in situ. As análises quali e quantitativas do material biológico foram realizadas sob microscopia estereoscópica. As variáveis abióticas tiveram comportamento estável durante as coletas a cada ano, porém com variações mais acentuadas entre anos diferentes, com destaque para a condutividade e o pH. Foram contabilizados 39 táxons a nível específico, sendo que a grande maioria das espécies pertenceu ao subfilo Crustacea. Dentre as quais se destacaram, em densidade, Cirripedia sp. e espécies de copépodes das famílias Pseudodiaptomidae, Oithonidae, Acartiidae e Oncaeidae. Os copépodes foram os mais frequentes em todas as ocasiões anuais de coleta. Diferenças temporais de curta duração foram observadas, sendo a riqueza mais elevada nas baixa-mares e vazantes diurnas (2009 e 2011). Em relação as diferenças de média duração, riqueza e densidade foram mais elevadas em 2009 e 2011. As correlações aferidas entre parâmetros abióticos e índices ecológicos foram baixas e não significativas. Os fatores abióticos podem afetar a distribuição do zooplâncton, mas seus efeitos mostraram-se diluídos. Pode-se considerar que as baixas salinidades afetam a ocorrência das espécies, determinando o domínio de espécies oligohalinas. Há necessidade de intensificar as pesquisas e avaliar melhor os efeitos dos fatores abióticos sobre a comunidade do zooplâncton tanto a médio, como a longo prazo. Palavras-chave: praias estuarinas; zooplâncton; ciclo de maré; fatores abióticos.

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