Avaliação da disponibilidade de potássio em pó de brita derivado de rochas da Suíte Intrusiva Tracuateua via tratamento termoquímico

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03-12-2019

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SENA, Wesley Achilles Oliveira de. Avaliação da disponibilidade de potássio em pó de brita derivado de rochas da Suíte Intrusiva Tracuateua via tratamento termoquímico. Orientador: Evaldo Raimundo Pinto da Silva; Coorientador: Marcos André Piedade Gama. 2019. 33 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3098. Acesso em:.
O Brasil possui reservas limitadas de minerais solúveis de potássio, as quais não conseguem atender a demanda interna, principalmente para produção de fertilizante agrícola, o que torna o país um grande importador desse bem. Por outro lado, a ampla ocorrência de silicatos potássicos no território nacional, pouco explorados comercialmente, tem estimulado a busca de novas rotas tecnológicas para aumentar a reatividade desses minerais e utilizá-los como fontes alternativas para a obtenção de potássio. Nesse contexto, tratamentos térmicos de silicatos potássicos em meio a um agente de fusão (AF) têm-se mostrado uma técnica eficiente para a extração de K, uma vez que, é capaz de remobilizá-lo e formar novas fases cristalinas e/ou amorfas solúveis ricas desse nutriente. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a calcinação de um pó de brita (PB) rico em silicatos potássicos na presença de diferentes concentrações de um AF, o cloreto de cálcio, para o aumento da disponibilidade de potássio. Foram definidas quatro condições de misturas baseadas nas razões de AF/PB (0/1, 0,1/1, 0,2/1 e 0,3/1) para o processo de calcinação a 800 °C durante 60 minutos. Para caracterizar e investigar as transformações do PB foram realizadas análises de espectrometria por Fluorescência de Raios-X (FRX) e Difração de Raios-X (DRX), aquisição de imagens por elétron retro-espalhado (BSE) e análises por Espectrometria de Energia Dispersiva (EDS) obtidas por Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), além da avaliação do teor de potássio solúvel em função de diferentes métodos de extração (água e ácido cítrico a 2%) por Fotometria de Chama. A calcinação do PB na ausência de AF não foi eficaz para aumentar a disponibilidade de potássio. Por outro lado, a calcinação com a adição de AF nas proporções (AF/PB) 0,1/1, 0,2/1 e 0,3/1 promoveu, respectivamente, a extração de 14,9%, 35,5% e 45,1% da quantidade total de K2O presente no PB após a extração em água e 16,2%, 70,0% e 67,3% após a extração em ácido cítrico a 2%. As análises por DRX e MEV-EDS dos produtos do processo de calcinação com AF indicam que o aumento da disponibilidade de potássio está diretamente relacionado com a formação de silvita a partir da remobilização de K da estrutura dos silicatos potássicos. Portanto, o processo de calcinação de silicatos potássicos na presença de cloreto de cálcio foi eficiente no aumento da disponibilidade de K a partir de uma matéria-prima originalmente de baixa solubilidade. Diante disso, os produtos finais do tratamento termoquímico podem representar uma fonte alternativa para a produção desse bem.

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