Química mineral de apatitas de granitos da Província Carajás: morfologia, composição e considerações petrológicas e metalogenéticas

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19-12-2022

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CORRÊA, Giovanna Reis. Química mineral de apatitas de granitos da Província Carajás: morfologia, composição e considerações petrológicas e metalogenéticas. Orientador: Cláudio Nery Lamarão. 2022. 61 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em:https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7324. Acesso em:.
A apatita, de composição Ca5(PO4)3(F, Cl, OH), é um dos minerais acessórios mais comuns em rochas magmáticas devido à sua ampla estabilidade a processos geológicos e carrega em sua estrutura uma variedade de elementos menores e traços que podem fornecer informações importantes. Compreender a assinatura morfológica e geoquímica desse mineral implica entender sua trajetória de cristalização e as condições que reinavam durante sua formação. O trabalho desenvolvido envolveu o estudo morfológico, textural e composicional através de MEV-EDS de cristais de apatita presentes nas diferentes fácies do granito estanífero Velho Guilherme, de caráter reduzido, localizado no Domínio Rio Maria e integrante da Província Estanífera do Sul do Pará, bem como de apatitas do granito Central, contendo localmente veios de quartzo com ocorrências de cassiterita, e pertencente ao Domínio Carajás. Para fins comparativos foram utilizados dados obtidos em trabalhos anteriores de apatitas dos granitos estaníferos Bom Jardim e Antônio Vicente, também integrantes da Província Estanífera do Sul do Pará, e dos granitos estéreis Jamon e Redenção, de caráter mais oxidado e pertencentes à Suíte Jamon; foram utilizados, ainda, apatitas das rochas arqueanas da Suíte Sanukitoide Rio Maria e do Trondhjemito Mogno, ambos inseridos no Domínio Rio Maria. O estudo composicional demonstrou que as apatitas dos granitos Velho Guilherme e Central apresentam conteúdos mais elevados de Y, La e Ce e mais baixos de Ca+P em relação às apatitas encontradas em granitos desprovidos de mineralização e mostram assinatura geoquímica similar à de outras apatitas de granitos estaníferos do Cráton Amazônico. Os granitos paleoproterozoicos, tanto mineralizados quanto estéreis, apresentam apatitas mais enriquecidas em ETR+Y em relação às apatitas de rochas arqueanas. Dessa forma, análises em MEV-EDS, quando utilizadas com os devidos cuidados, podem auxiliar satisfatoriamente no estudo de minerais indicadores deste tipo de mineralização, além de diferenciar mudanças no cenário geológico de determinada região durante sua evolução crustal, distinguindo, por exemplo, eventos arqueanos de paleoproterozoicos.

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