Mineralogia, petrografia, minerografia e geoquímica do gossan aurífero da Cutia, Carajás - PA

dc.contributor.advisor1SANTOS, Marcio Dias
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6977793618030488pt_BR
dc.creatorDOMINGOS, Fábio Henrique Garcia
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/3975188208099791pt_BR
dc.date.accessioned2019-02-28T14:51:08Z
dc.date.available2019-02-28T14:51:08Z
dc.date.issued2002
dc.description.resumoO depósito aurífero do garimpo da Cutia faz parte do distrito cupro-aurífero da Serra Leste na Serra dos Carajás, cujos depósitos estão hospedados em rochas vulcano-sedimentares do greenstone belt Rio Novo, a norte das cidades de Parauapebas e Curionópolis, sudeste do Pará. Desde o final dos anos 80 o ouro vem sendo garimpado da cobertura de alteração do depósito da Cutia, encaixado em anfibolitos alterados e afetados por cisalhamento ruptil-ductil. As rochas hospedeiras do minério secundário do depósito da Cutia correspondem a uma sequência gossânica. A zona oxidada do gossan compreende uma crosta ferruginosa superficial constituída por óxido/hidróxido de ferro e brechas com fragmentos de quartzo em uma matriz constituída por goethita e turmalina dravítica. Atualmente o ouro está sendo retirado de uma zona de brechas, iniciada em torno de 30-35m de profundidade, onde a matriz tornou-se menos oxidada. Nestas brechas, a goethita é menos abundante, estão presentes malaquita, sericita e clorita, além de sulfetos (pirita e calcopirita), indicando tratar-se da zona de transição entre a zona oxidada superior e a zona reduzida inferior. Os cristais de pirita e calcopirita são reliquiares, pois encontram-se alterados para goethita e malaquita. A turmalina ocorre como agregados de microcristais prismáticos subédricos de coloração verde, as vezes constituindo bandas turmaliníferas de até 1cm de espessura alternadas com bandas de sericita + clorita + quartzo. O ouro ocorre normalmente em diminutas partículas (10 a 20mm) inclusas em goethita ou pirita. A zona de transição caracteriza-se por uma associação mineral formada pela superposição de uma paragênese supergênica (malaquita + goethita) sobre uma paragênese primária (turmaina, sericita, clorita e sulfetos). A ocorrência de minerais primários nas brechas indica que as mesmas a rocha mãe da sequência gossânica, provavelmente formados por fraturamento relacionado às zonas de cisalhamento reconhecidas na área. A paragênese primária das brechas indica que estas rochas foram afetadas por alteração hidrotermal provavelmente relacionada a circulação fluidos favorecida pelo cisalhamento e brechação. Neste trabalho foram analisadas 18 amostras em perfis da sequência gossânica para caracterizar gequimicamente a zona oxidada. As amostras foram analisadas para: Fe2O3, Al2O3, SiO2, MgO, CaO, TiO2, P2O5, Na2O, K2O e MnO. Os elementos traços analisados foram: Pb, Co, Cu, Ag, Zn e Au. Nos trabalhos de campo foram determinados 5 níveis seguintes (do topo para a base) dentro do perfil de amostragem: N0 (esp. 5m); N1 (esp. 4m); N2 (esp. 3m); N3 (esp. 10m) e N4 (esp.8m). Os elementos mais abundantes são Fe2O3, Al2O3 e SiO2. Sendo os altos teores de Fe2O3 relacionados à goethita, os de SiO2 relacionados a fragmentos de quartzo e os de Al2O3 devido à presença de sericita e de caolinita. O K2O mostra teores baixos em relação ao Al2O3, indicando que a sericita já foi parcialmente afetada pelo intemperismo, com lixiviação parcial do potássio que na estrutura dos filossilicatos é mais móvel que o alumínio. CaO, MgO e Na2O apresentam baixos teores no perfil, não sendo significativos. As duas anomalias de P2O5 existentes, apesar do baixo background, podem ter relação com algum fosfato aluminoso (não identificado) durante o processo de gossanização. Os baixos teores de TiO2 (0,4%) estão relacionados à pequena quantidade de titanita nas rochas. Os elementos Pb, Co, Cu e Zn apresentam-se empobrecidos no perfil gossânico em relação ao clark médio desses elementos na crosta continental segundo Laznicka 1985. No nível N3 ocorrem os maiores teores de Au, com valor médio de 15 ppm. O elemento Ag apresenta um teor médio de 5 ppm e uma anomalia de 35 ppm no nível N1. Essa anomalia provavelmente foi causada por uma estagnação no rebaixamento do nível freático durante o processo de gossanização. Conclui-se que: trata-se quimicamente de um gossan clássico. A heterogeneidade dos teores químicos sugere irregularidades no rebaixamento do nível freático que levou à maturação do gossan e ao enriquecimento em ouro. Os dados ainda indicam que o ouro deve ser explorado preferencialmente à profundidade de 12 a 13 metros, onde estão contidos os maiores teores dentro da sequência gossânica.pt_BR
dc.identifier.citationDOMINGOS, Fábio Henrique Garcia Domingos. Mineralogia, petrografia, minerografia e geoquímica do gossan aurífero da Cutia, Carajás - PA. Orientador: Marcio Dias Santos. 2002. 43 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1109. Acesso em:.pt_BR
dc.identifier.urihttp://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1109
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.source1 CD-ROMpt_BR
dc.subjectMineralogiapt_BR
dc.subjectGeoquímicapt_BR
dc.subjectSerra dos Carajás - PApt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIApt_BR
dc.titleMineralogia, petrografia, minerografia e geoquímica do gossan aurífero da Cutia, Carajás - PApt_BR
dc.typeTrabalho de Curso - Graduação - Monografiapt_BR

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