Análise de fácies e reconstituição paleoambiental do limite entre as Formações Cabeças e Longá da bacia do Parnaíba região de Juazeiro do Piauí

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01-01-2015

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MORASCHE, Raoni Dias. Análise de fácies e reconstituição paleoambiental do limite entre as Formações Cabeças e Longá da bacia do Parnaíba região de Juazeiro do Piauí. Orientador: Afonso Cesar Rodrigues Nogueira.Coorientador: Roberto Cesar de Mendonça Barbosa. 2015. 74 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1873. Acesso em:.
O intervalo Neodevoniano-Eocarbonífero na Bacia do Parnaíba, representado pelas formações Cabeças e Longá, registra importantes mudanças nas condições paleoambientais da bacia devido a migração do Paleocontinente Gondwana de regiões polares para subtropicais. Neste sentido, exposições das formações Cabeças e Longá, na região de Juazeiro do Piauí (PI), borda nordeste da bacia, foram alvos de análise faciológia e estratigráfica no intuito de demostrar como as condições de sedimentação responderam às mudanças climáticas e influenciaram na arquitetura do sistema deposicional. A análise de fácies permitiu a individualização de 11 fácies sedimentares: folhelho (Fl), siltito maciço (Sm), arenito maciço (Am), arenito com laminação plana (Ap), arenito com laminação ondulada (Ao), arenito com laminação cruzada (Ac), arenito com laminação cruzada cavalgante (Acv), arenito com estratificação cruzada hummocky (Ah), arenito com estratificação cruzada swaley (Asw), arenito deformado (Ad) e arenito com estratificação cruzada sigmoidal incipiente (Asg). As fácies sedimentares foram agrupadas em três associações de fácies (AF) que registram a implantação de uma frente deltaica dominada por processos fluviais (AF1) da Formação Cabeças que foi afogado pela elevação do nível do mar local, seguido da implantação de uma plataforma costeira dominada por ondas de tempo bom e de tempestade (AF2 e AF3) da Formação Longá. A AF3, em especial, registra camadas tabulares caracterizadas pela intercalação cíclica entre fácies de arenito e folhelho interpretadas aqui como depósitos de turbiditos. A presença de fácies sedimentares associadas aos turbiditos na Formação Longá é descrita de forma inédita nessa pesquisa e pode representar um intervalo potencialmente importante como reservatório da Formação Longá, principal unidade selante do sistema petrolífero Mesodevoniano-Eocarbonífero da Bacia do Parnaíba. Essa descoberta fomenta a necessidade da realização de novos estudos petrofísicos nessas camadas com o objetivo de confirmar a potencialidade destas rochas como um possível reservatório secundário.

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