Correlações estruturais entre rochas de Cráton São Luís (Mina Aurizona) e Oeste Africano

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01-01-2018

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RODRIGUES NETO, José Maria dos Santos. Correlações estruturais entre rochas de Cráton São Luís (Mina Aurizona) e Oeste Africano. Orientador: Roberto Vizeu Lima Pinheiro. 2018. 47 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em:http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/848. Acesso em:.
A correlação entre os crátons São Luís (Brasil) e Oeste Africano (África) tem sido discutida com base em critérios majoritariamente petrológicos, geocronológicos e geoquímicos, indicando a provável relação genética entre as rochas dos dois continentes. A análise estrutural de ambos contextos realizada neste trabalho buscou corroboração desta interpretação sob o aspecto da Geologia Estrutural. As rochas do Cráton São Luís são compostas por rochas metavulcanossedimentares supracrustais do período Rhyaciano (Grupo Aurizona) intrudidas por granitoides (Suíte Intrusiva Tromaí). O cráton é limitado a sul pelo Cinturão Gurupi, interpretado como formado por um sistema de colisão oblíqua com transporte de massa de SW para NE durante o Neoproterozoico. As rochas do Grupo Aurizona apresentam trend regional na direção ENE-WSW, marcado por zonas de cisalhamento dúcteis-rúpteis muitas vezes hospedeiras de depósitos de ouro hidrotermal, a exemplo da Mina de Ouro Aurizona (analisada em detalhe neste trabalho). Também se observa um segundo trend de estruturas oblíquas sinistrais de direção NE-SW, cortando o trend regional principal. Paleogeograficamente, a região do Grupo Aurizona é correlacionada com o Domínio Baoulé-Mossi, no Cráton Oeste Africano. O domínio é composto por greenstone belts rhyacianos com trend regional NE-SW, delimitado por zonas de cisalhamento dúcteis-rúpteis formadas durante a Orogenia Eburneana. Observa-se também um segundo trend de direção N-S, marcado por zonas de cisalhamento posteriores, geralmente com cinemática sinistral. Estas estruturações são o principal controle para colocação de depósitos de ouro hidrotermal na região. Os arranjos estruturais dos dois crátons são compatíveis, à exceção das direções de trend atuais, que diferem em aproximadamente 25°. No entanto, este desvio pode ser explicado pela rotação no sentido horário de ângulo semelhante do continente sul americano após a sua separação do continente africano, na fragmentação do Gondwana. O resultado plausível desta correlação estrutural indica que o Cráton São Luís é de fato um fragmento cratônico do Cráton Oeste Africano, e que ambos possuem uma origem compartilhada de formação durante o período Rhyaciano e deformação durante a Orogenia Eburneana. Além disso, evidencia-se a possível caracterização do Grupo Aurizona como um terreno de greenstone belts.

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