Navegando por Assunto "Macrotidal"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Variabilidade espacial e diurna dos fluxos de CO2 em um estuário amazônico(2021-02-27) BATISTA, Matheus Sacramento; NORIEGA, Carlos Esteban Delgado; http://lattes.cnpq.br/8156672003991551; MONTEIRO, Sury de Moura; http://lattes.cnpq.br/4309806566068586; https://orcid.org/0000-0001-9449-7043Os estuários geralmente atuam como fonte de CO2 para a atmosfera, devido às suas cargas elevadas de matéria orgânica proveniente dos rios. No entanto, entendemos muito pouco sobre a dinâmica dos fluxos de CO2 (FCO2) entre a água e o ar em regiões tropicais, principalmente na região amazônica, que são ambientes altamente dinâmicos em várias escalas de tempo e de espaço. Diante disso, determinamos a intensidade do FCO2 em um estuário amazônico dominado por macromaré. Realizamos medições in situ dos parâmetros hidrológicos e biogeoquímicos ao longo de um ciclo de maré e coletas de água para análise de fosfato (PO4 3-) e silicato (Si), por meio de análise espectrofotometria na faixa do visível e determinação de alcalinidade in situ a partir do método de titulação potenciométrica. A Alcalinidade total (AT), a temperatura, o pH e a salinidade foram usados como dados de entrada para calcular os dos demais parâmetros do sistema carbonato utilizando a ferramenta CO2sys. Os parâmetros do sistema carbonato sendo eles, pH, AT, carbono inorgânico dissolvido (DIC) e a pressão parcial de CO2 na água (pCO2) e o FCO2 apresentaram grande variabilidade diurna e sazonal. O estuário atuou como uma fonte de CO2 para atmosfera com menor fluxo no período seco de 2019 com média de 17,5 ± 28,2 mmol m-2 d-1 e maior emissão no período seco de 2020 média de 105,6 ± 66,1 mmol m-2 d- 1. Além disso, observamos que durante marés de enchente o estuário apresenta menor emissão de CO2 enquanto durante marés vazantes o estuário apresenta maior emissão. Os principais impulsionadores das mudanças do sistema carbonato no estuário foram processos de menor escala temporal como ciclo de macromaré semidiurna e processos físicos e biogeoquímicos que ocorrem dentro do estuário, já outros processos como a atividade biológica não foram tão expressivos para a variabilidade desses fluxos, tendo em vista a discreta variação diurna de PO4 3- e Si. Esses resultados mostram a importância de considerar a variabilidade em curto espaço de tempo nos estudos biogeoquímicos de FCO2 em estuários, principalmente aqueles dominados por maré. Além disso, eles também reforçam a importância desses ambientes como emissores de CO2 para a atmosfera.