Navegando por Assunto "Framingham risk score"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Fatores de risco para coronariopatia em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 atendidos no Hospital Universitário joão de Barros Barreto(2009) LADEIRA, Suzanny Silva; SOUZA, Vanessa Silva; OIKAWA, Teiichi; http://lattes.cnpq.br/7237359585722809O diabetes mellitus aumenta a susceptibilidade para aterosclerose conferindo a esses pacientes um risco relativo de morte por doença arterial coronariana (DAC) cerca de três vezes maior do que para a população em geral. Objetivo: Estabelecer a associação entre fatores de risco cardiovascular e a presença de DAC em diabéticos tipo 2 atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e identificar o risco cardiovascular em 10 anos através do Escore de Risco de Framingham (ERF). Casuísta e Método: Estudo observacional do tipo transversal com 112 diabéticos tipo 2 atendidos ambulatorialmente no HUJBB no período de setembro a fevereiro (2007/2008). Um formulário foi elaborado para a obtenção das informações acerca dos dados pessoais e sócio-econômicos, presença de DAC, fatores de risco de interesse (dieta, sedentarismo, tabagismo, etilismo, níveis pressóricos, dislipidemias, IMC, circunferência abdominal, níveis glicêmicos, antecedentes familiares) e ERF. Foram considerados DAC + todos aqueles em tratamento para coronariopatias, cintilografia miocárdica com anormalidades perfusionais, história de infarto, “stent”, angioplastia e revascularização. O processamento e análise dos dados foram feitos através dos programas Word e Excel 2003, Bioestat 3.0 e Epi-info 2000. Na análise estatística foram utilizados os testes Qui-quadrado, Mann-Whitney e teste Z conforme as características das variáveis. O nível de significância adotado foi p ≤ 0,05. O projeto foi avaliado e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos do HUJBB/UFPA. Resultados: A população estudada possuía média de 58 anos e era composta principalmente por mulheres (55,4%); pardos (69,6%); casados (58,0%); inativos (57,1%) e indivíduos com baixos graus de instrução (54,4%) e renda (71,4%). Nessa amostra, 44 pacientes possuíam DAC (39,3%). Das características demográficas, as que se associaram a DAC foram idade, ocupação e renda (p ≤ 0,05). Quanto ao estilo de vida, os coronariopatas apresentaram maior freqüência de dietas inadequadas (77,3% vs 63,2%; p = 0,17), sedentarismo (90,9% vs 73,5%; p = 0,04) e tabagismo (prévio ou atual) (61,4% vs 47,1%; p = 0,03) e menor freqüência de etilismo (4,5% vs 7,4%; p = 0,54). Os antecedentes pessoais de HAS, dislipidemias e obesidade foram mais prevalentes nos coronariopatas, 84,1%, 84,1% e 40,9% respectivamente, entretanto, somente o antecedente de HAS se correlacionou significativamente com a DAC (p = 0,02). Os valores de PAS e de PAD estavam elevados tanto nos indivíduos DAC – quanto nos DAC +, com maior prevalência sobre estes últimos (p > 0,05). Diabéticos com DAC apresentaram maior freqüência de níveis indesejáveis de CT (56,8%), LDL-c (77,3%) e TGC (47,7%) e os sem DAC de HDL-c (30,9%), porém os níveis séricos dos lípides não tiveram associação com a DAC (p > 0,05). A freqüência de IMC ≥ 25 Kg/m² foi de 60,7% e de circunferência abdominal inadequada de 78,4%, com uma maior freqüência no grupo com coronariopatia (p ≤ 0,05). Níveis glicêmicos, glicemia de jejum e hemoglobina glicosilada, estavam elevados de forma semelhante em ambos os grupos (p > 0,05). A maioria dos indivíduos respondeu afirmativamente para a presença de antecedentes familiares de DCV (58,9%), HAS (75,0%), dislipidemias (61,6%) e DM 2 (72,3%), porém nenhum desses teve significância estatística (p > 0,05). De acordo com o ERF, houve um maior número de pacientes com médio e alto risco cardiovascular dos quais os maiores escores corresponderam aos pacientes já coronariopatas (p = 0,02). Conclusão: Nesse estudo, idade, ocupação, renda, sedentarismo, tabagismo, antecedente pessoal de HAS, IMC e circunferência abdominal foram os fatores de risco que se associaram a DAC (p ≤ 0,05), da mesma forma que as pontuações obtidas através do ERF (médio e alto risco).