Navegando por Assunto "Cesarean Sections"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Taxa de cesariana por meio da Classificação de Robson no estado do Pará durante os anos de 2019 a 2021(2023-12-13) SILVA, César Henrique da; FERREIRA, Denis Vieira Gomes; http://lattes.cnpq.br/2392198150359061; https://orcid.org/0000-0002-2074-7246Introdução: nas últimas décadas se observou um aumento expressivo dos partos cesarianos em todo o globo terrestre, sendo que o Brasil possui a segunda maior taxa de cesarianas do mundo (BOERMA, 2018; DIAS, 2022). Cabe destacar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a taxa ideal de cesariana varie de 10% a 15% em um país; valores superiores a estes não estão associados a redução da taxa de mortalidade materna, perinatal e neonatal, tendo em vista que alguns dos riscos cirúrgicos que o parto cesáreo oferta para a gestante corresponde a disfunção do assoalho pélvico e maior risco de infecção; para o bebê a asma; para uma gravidez subsequente a morte perinatal. É preciso, de fato, uma ferramenta que permita um estudo aprofundado acerca dos fatores que permeiam a elevada taxa de partos via alta hodiernamente; a ferramenta que a OMS recomenda é a classificação de Robson, meio esse que agrupa características obstétricas para serem formados dez grupos que são mutualmente exclusivas e inteiramente inclusivas entre si (WHO,2017). Objetivo: este estudo tem como objetivo utilizar a classificação de Robson para estudar os fatores que influenciam nas taxas de cesariana no Estado do Pará de acordo com os dez grupos da classificação de Robson, tendo em vista propor melhoria do arsenal teórico de trabalhos científicos em relação a esta temática no Estado do Pará. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal analítico, descritivo e ecológico, tendo como unidade de análisanálise os municípios, por mesorregiões, do Estado do Pará com um intervalo de tempo entre 2019 a 2021, em que os dados foram obtidos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde (Sinasc) através da plataforma online Datasus, por meio do aplicativo TABNET. Os dados foram filtrados usando a variável dependente “grupos de Robson” e a variável independente “tipo de parto”. A análise foi feita pelo software Excel 2019 através da análise de frequência relativa e frequência absoluta. Foi utilizado também o QGIS 3.34.0 para construção de um mapa por mesorregião do Estado do Pará. Além disso foi utilizado o programa BioEstat 5.0 para a realização do teste ANOVA e da construção gráfica de um Box Plot. Conclusões: Conclui-se que a maioria dos nascimentos no Estado do Pará ocorreu por parto via alta. A mesorregião que teve a maior taxa de cesariana e maior quantidade de cesáreas por 1000 nascidos vivos foi a de Metropolitana de Belém, correspondendo a, respectivamente, 39,9% e 30,4. A mesorregião com a menor taxa de partos cesáreas e a menor quantidade de partos via alta por 1000 nascidos vivos foi a do Marajó, equivalente a, respectivamente, 3,6% e 12,9. Não houve variância significativa das médias da quantidade de cesarianas entre as mesorregiões nos anos de 2019 a 2021 (F: 0,0585; p= 0,9432). As maiores populações obstétricas no Estado do Pará se concentraram nos grupos 5, 1 e 3 da classificação de Robson, tendo em vista que o grupo 5 e o 1 tiveram maior predominância em todas as mesorregiões do Estado do Para, correspondendo por, respectivamente, 31% e 19,2% de todas as cesáreas deste Estado. Essa predominância se manteve também nos municípios que tiveram as maiores taxas de cesarianas em cada mesorregião. A elevada quantidade de partos cesáreas classificadas no grupo 11 compromete a real análise da distribuição dos partos via alta nos demais grupos de Robson.