Navegando por Autor "GATINHO, Lorena Cristina Guerreiro"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Rotulagem nutricional: aplicação do modelo "traffic-light labelling" em produtos destinados ao público infantil(2019) GATINHO, Lorena Cristina Guerreiro; MORI, Rejane Maria Sales Cavalcante; http://lattes.cnpq.br/0068497734511867; https://orcid.org/0000-0003-1769-0653; CARVALHAL, Manuela Maria de Lima; http://lattes.cnpq.br/0708921042608519; https://orcid.org/0000-0003-1397-0471Introdução: Estudos demonstram que o elevado consumo de alimentos ultraprocessados na infância contribui para a incidência de doenças e agravos não transmissíveis. Entretanto, pesquisas relatam a dificuldade dos consumidores em compreender as informações presentes nos rótulos dos alimentos. Nesse contexto, o Semáforo Nutricional (Traffic-light Labelling) apresenta-se como possível aliado na acessibilidade e compreensão destas informações. Objetivo: Aplicar o modelo do Semáforo Nutricional (SN) em produtos processados e ultraprocessados destinados ao público infantil. Metodologia: Estudo exploratório de abordagem quali -quantitativa, no qual, abrangeu visitas a dois supermercados localizados no bairro Coqueiro, em Belém/PA, de agosto a setembro de 2019. Para a coleta de dados, consideraram-se rótulos de produtos com características de publicidade abusiva à criança e ao adolescente conforme descrito pelas RDC nº 24/2010 (ANVISA, 2010) e RDC nº 163/2014 (CONANDA, 2014). Foram selecionados 84 produtos de cinco categorias (macarrão instantâneo; salgadinhos de pacote; biscoitos recheados; bolinhos industrializados sucos industrializados e bebidas lácteas) e diferentes marcas. Para adaptação do SN, observaram-se as concentrações de gorduras total, saturada e trans, açúcar, sódio e fibras. Foi realizada a análise dos rótulos conforme os parâmetros estabelecidos para 100g ou 100mL do produto, pela legislação brasileira vigente. Foram consideradas classificações nas cores verde (“baixa quantidade”), amarelo (“média quantidade”) e vermelho (“alta quantidade”), exceto no quesito fibras, no qual a cor verde representa “quantidade suficiente”, e a coloração vermelha “baixa quantidade”. As informações coletadas foram armazenadas e analisadas em planilhas através do programa Microsoft Office Excel 2007®. Resultados: No grupo “macarrão instantâneo”, foram classificados em vermelho os teores de gorduras saturadas (100%), sódio (100%) e fibras (70%), em relação às gorduras totais 100% receberam classificação amarela, quanto às gorduras trans, 100% receberam classificação verde, e 100% não apresentavam informação sobre o teor de açúcares. Na categoria “salgadinhos de pacote”, foram classificadas em vermelho os nutrientes sódio (100%), gordura totais (73,3%), saturadas (73,3%) e fibras (80%), quanto açúcares e gordura trans, 66,6% e 100%, respectivamente, receberam classificação verde. No grupo “biscoitos recheados”, 95% das marcas apresentaram classificação amarela em gorduras totais, 60% classificação verde para gorduras trans, nos demais quesitos, todos foram classificados em vermelho sendo 55% para gorduras saturadas, 85% sódio, 30% açúcares e 80% em fibras. Na categoria “bolinhos industrializados”, a classificação vermelha foi dominante em fibras (100%), açúcares (20,0%), sódio (90,0%) e gorduras saturadas (80,0%), classificação amarela em gorduras totais (100%) e classificação verde em gorduras trans (100%). O grupo “sucos industrializados”, recebeu classificação verde em gorduras totais (100%), saturadas (100%) e trans (100%), sódio (92,8%) e açúcares (50,0%), e 100% receberam classificação vermelha no teor de fibras. No grupo “bebidas lácteas”, 100% dos produtos receberam classificação vermelha no quesito fibras, quanto gorduras trans (100%), sódio (53,3%) e açúcares (20,0%), foram classificados em verde, já gorduras totais e saturadas, foram classificados em amarelo, sendo 60% e 66,6%, respectivamente. Conclusão: A maioria dos produtos avaliados apresentou valores inadequados de nutrientes, quando comparados com a recomendação nutricional, portanto seu consumo configura-se como fator de risco à saúde do público-alvo.