Navegando por Autor "BARRETO, Carla Joana Santos"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica, geoquímica e geocronológica do magmatismo transamazônico na região central do Amapá(2010) BARRETO, Carla Joana Santos; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645O Estado do Amapá, na porção sudeste do Escudo das Guianas, teve a sua evolução principal ligada à orogênese Transamazônica. É dividido em um domínio norte, caracterizado por granitóides e ortognaisses paleoproterozóicos e um domínio centro-sul denominado de Bloco Amapá, constituído por rochas arqueanas retrabalhadas no Paleoproterozóico. A área estudada abrange um setor localizado na porção central do Estado do Amapá, na transição entre os dois domínios. As unidades que foram estudadas neste trabalho compreendem Granitóides cálcioalcalinos, Granitos Peraluminosos, Granito Sucuriju e Tonalito Santo Antônio. O trabalho teve como objetivo investigar os limites entre domínios arqueanos e proterozóicos no sudeste do Escudo das Guianas, caracterizando o magmatismo paleoproterozóico da região central do Amapá, através de estudos petrográficos, geoquímicos e geocronológicos pelo método Pb-Pb em zircão. Foram utilizadas nove amostras de granitóides, sendo quatro da porção logo a norte da Serra do Navio e cinco do Bloco Amapá, as quais estão associadas às sequências metavulcanossedimentares do Grupo Vila Nova. A caracterização petrográfica definiu rochas tonaliticas a granodioríticas para os granitóides cálcio-alcalinos; sieno a monzograniticas para os Granitos Peraluminosos e Granito Sucuriju e tonalítica para o Tonalito Santo Antônio. A caracterização geoquímica dos granitóides cálcio-alcalinos apontou caráter peraluminoso, afinidade com granitos de arco vulcânico e semelhança com granitos do tipo I. Para o Granito Sucuriju e Granitos Peraluminosos foram identificadas natureza alcalina, levemente peraluminosa, afinidade com granitos de arco vulcânico e semelhança com granitos do tipo I. O Tonalito Santo Antônio exibiu afinidade cálcio-alcalina, caráter metaluminoso, afinidade com os granitos de arco vulcânico e semelhança com granitos tipo I. Os resultados geocronológicos forneceram idade de cristalização de 2262 ± 1,6 Ma para o Tonalito Santo Antônio, caracterizando um episódio magmático precoce na evolução da orogênese Transamazônica, a semelhança das idades obtidas por Tavares (2009) de 2,23-2,25 Ga na Serra do Navio. As idades Pb-Pb em zircão dos granitóides cálcio-alcalinos (2103 ± 2,5 Ma e 2096 ± 3,9 Ma) apontam para a existência de um evento de granitogênese em torno de 2,10 Ga. Os resultados geocronológicos obtidos para os Granitos Peraluminosos e Granito Sucuriju, apesar de não terem fornecido resultados confiáveis, apontam para idades em torno de 2,08-2,02 Ga, além de idades de até 2,73 Ga e sugerem a existência de um episódio de granitogênese tardi-transamazônica por fusão de crosta continental arqueana. Os dados petrográficos, geoquímicos e geocronológicos confirmam o posicionamento do limite entre domínios paleoproterozóicos e arqueanos logo a norte da Serra do Navio.