Navegando por Orientador "BARRA, Williams Fernandes"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Quimioterapia perioperatória no tratamento de câncer gástrico localmente avançado: uma nova perspectiva no sistema público brasileiro.(2024-03-15) VIEIRA, Ana Gabrielle de Lucena; SOUZA, João Vitor Duarte de; BARRA, Williams Fernandes; http://lattes.cnpq.br/5198725005858942Introdução: Câncer de estômago é uma das neoplasias de maior morbimortalidade que há, por esse motivo faz-se necessário a padronização de estratégias de tratamento no serviço público. Objetivos: Relatar a experiência da equipe oncológica do Hospital Universitário João de Barros Barreto com o protocolo FLOT, no período de 2017 a 2023. Especificamente: avaliar a tolerância ao tratamento quimioterápico, descrevendo a taxa de toxicidade; caracterizar os desfechos clínicos dos pacientes, as sobrevidas global e livre de doença; avaliar o impacto do estadiamento clínico e patológico e a resposta patológica na sobrevida global dos pacientes e avaliar o impacto da razão de neutrófilos/linfócitos e plaquetas/linfócitos na sobrevida global dos pacientes. Casuística e Métodos: Nesta pesquisa, foram avaliados 300 prontuários e incluídos para estudo 123 pacientes que realizaram quimioterapia perioperatória e, destes, 118 submetidos à quimioterapia com FLOT. Foram utilizadas análises multivariadas, associando fatores clínicos e epidemiológicos, bem como cirúrgicos e patológicos, de estadiamento e desfecho. Neste estudo, foi usado o estimador Kaplan-Meier para impacto e análise de sobrevida global. Resultados e Discussão: Neste estudo, 65% dos pacientes são homens, 35% são mulheres, evidenciando perfil epidemiológico similar ao da literatura internacional. Em relação ao estadiamento clínico (EC), 54% dos pacientes eram EC I e II, enquanto 46% eram EC III. Ademais, 95,9% dos pacientes iniciaram quimioterapia com FLOT, 114 (92%) realizaram cirurgia e 75 (60,97%) realizaram adjuvância. Realizadas, também, análises laboratoriais, determinando duas razões: neutrófilo/linfócito e plaquetas/linfócitos, além de outros indicadores laboratoriais para correlacionar estes fatores com o óbito dos pacientes. Em termos de resposta patológica, 47% dos pacientes, após a neoadjuvância, progrediram para ypN0 e 53% para ypN+, números compatíveis com a literatura internacional. Outrossim, 14,9% dos pacientes tiveram resposta patológica completa e 85,1% tiveram regressão tumoral parcial. A mediana da sobrevida livre de doença entre os pacientes ypN0 é de 24 meses e os pacientes ypN+ tem esta medida de 14 meses, e 50% dos pacientes ainda estão em seguimento. Em relação aos óbitos, 3 pacientes (2,44%) faleceram em decorrência de toxicidades no tratamento, dentre os que realizaram cirurgia, 15 pacientes (13,15%) faleceram no pós-cirúrgico e, entre os 123 pacientes, 36 (29,27%) dos pacientes faleceram. enquanto 76 (61,79%) estão vivos 11 (8,94%) perderam seguimento. Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes deste estudo são semelhantes aos da literatura internacional. A relação plaqueta/linfócito se mostrou um preditor de sobrevida. A taxa de resposta patológica completa foi 14,9%. Pacientes com resposta patológica completa, ou seja, ypT0ypN0, que receberam alta do procedimento cirúrgico, estão vivos e sem evidência de doença. A sobrevida global mediana dos pacientes deste estudo foi de 23,6 meses.