(2022-11-25) SILVA, Andrey Jandison da; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211; https://orcid.org/0000-0002-0478-5285; BRITO, Maria dos Remédios de; FLORES, Andréa Bentes Flores; http://lattes.cnpq.br/4347358203729416
O que vem antes da escrita? Esse questionamento é a gênese dessa pesquisa, que se
propõe a investigar a importância da observação do cotidiano e da escrita nos processos de
criação de dramaturgias. Para refletir sobre o que é a dramaturgia na contemporaneidade, são
apresentados alguns recortes de teóricos do teatro e da filosofia, também para pensar a figura
do dramaturgo e do escritor, e dissolver limites entre esses dois fazeres artísticos. Assim, é
invocada a figura do escritor-dramaturgo, um criador que observa a vida, capturando-a através
de múltiplas escritas, e com isso concebendo suas dramaturgias. O objetivo é teorizar um
processo criativo a partir da criação de conceitos, sendo os três centrais a epifania, o cristal
episodial e a pintura fabulatória, que se referem aos exercícios do olhar, de apanhar momentos,
memórias, delírios e sonhos que atravessam o corpo do escritor-dramaturgo. Essas capturas
tornam-se a matéria da sua alquimia, seu processo criativo, sua feitiçaria: as suas múltiplas
escritas e linguagens.