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A Comunicação da tradiciência e a comunicação inclusiva para a conservação da sociobiodiversidade na Amazônia
(2019-02-04) BATISTA, Mariluz Coelho; GONÇALVES, Marcela Vecchione; http://lattes.cnpq.br/9274854854102856
O objetivo deste trabalho é compreender a comunicação, enquanto ciência, como parte do processo de tradiciência, conceito que começa a ser alinhavado a partir do estudo da relação entre a diversidade de conhecimentos, tendo a comunicação como elo de ligação entre os saberes e a extensão deles. A pesquisa também evidencia a comunicação inclusiva e participativa como instrumento de valorização da sociobiodiversidade e de resistência diante dos problemas que assolam os povos e comunidades tradicionais. O artigo analisa os caminhos de formatação e execução do multievento mundial Belém + 30, ocorrido na Amazônia. A partir de metodologia envolvendo análises de dados primários, secundários, observação in loco e de áudio e vídeo, conclui-se que a coabitação entre os conhecimentos, de forma plural e heterogênea, sem a hierarquização de saberes (SANTOS, 2007), é uma condição de força e poder, materializando-se na tradiciência como prática do conhecimento. A comunicação é fundamental na visibilidade da sociobiodiversidade para a sobrevivência dos povos e comunidades tradicionais, preservação ambiental e reprodução da vida no planeta. Nesse contexto, a ciência da comunicação se propõe a abrir caminhos para a visibilidade dos povos e comunidades tradicionais, em um momento de supressão de direitos e novas ameaças na Amazônia.
Acesso aberto (Open Access)
Comunicação em Rede na Amazônia: a articulação de rádios comunitárias em defesa dos bens comuns.
(2019-02-13) GALVÃO, Élida Cordeiro de Almeida; GONÇALVES, Marcela Vecchione; http://lattes.cnpq.br/9274854854102856
O estudo se debruça sobre o estímulo de uma ação coletiva por alternativas comunicacionais que ampliem o protagonismo de povos e comunidades tradicionais em defesa de seus territórios, ameaçados por conflitos provocados pelo avanço ofensivo do capital na Amazônia. Estes conflitos geram a necessidade de defender os recursos naturais, os territórios, os modos de vida daquelas populações frente aos problemas trazidos pelo crescimento econômico e as consequentes violações de direitos, a fragmentação das relações e a privatização da natureza. Para isso, as rádios comunitárias acabam por protagonizar a consolidação de estratégias de resistência nos espaços de vida da população amazônida, no sentido de contribuir para o envolvimento dessas populações junto a práticas de ações comunicacionais contra a destruição dos bens comuns.
Acesso aberto (Open Access)
Decreto 9.142/17 e sua repercussão na mídia internacional: análise de conteúdo dos Jornais The New York Times (EUA), The Guardian (Inglaterra) e Le Monde (França).
(2019-02-13) PALMIERI, Rafaela Abreu; GONÇALVES, Marcela Vecchione; http://lattes.cnpq.br/9274854854102856
O presente estudo visa analisar como o Decreto nº 9.142/17, referente à extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA), foi noticiado em matérias publicadas nos jornais estrangeiros The New York Times (EUA), The Guardian (Inglaterra) e Le Monde (França), no período de 23 de agosto a 30 de setembro de 2017. Por meio de uma análise de conteúdo, as matérias foram recortadas e traduzidas para, assim, identificar em cada reportagem trechos contendo categorias relacionadas a aspectos temáticos de cada notícia, sendo estes: ambientais, econômico-políticos e sociais. A partir deste processo, objetivou-se perceber de que forma as reportagens foram veiculadas em cada jornal analisado,bem como de que forma tais elementos foram articulados nas matérias.
Acesso aberto (Open Access)
Luta pela terra no Sudeste do PA: caso do acampamento Frei Henri
(2019-02-14) CAMPELO, Lilian Cristina Holanda; GONÇALVES, Marcela Vecchione; http://lattes.cnpq.br/9274854854102856
No acampamento Frei Henri, localizado em Curionópolis, vivem cerca de 120 famílias em uma área da fazenda chamada Fazendinha, nome dado ao imóvel cujas terras foram identificadas como de domínio da União. Após longo processo judicial, que iniciou em 2012, foi cumprido a emissão de posse à União sendo concluído após cinco anos, em 2017. Mesmo sendo um longo tempo o fato é considerado marcante por ter ocorrido em uma das regiões com largo histórico de violência no campo e que há grupos de fazendeiros com forte organização política e econômica. Sobre esse aspecto se pretende entender quais processos interferiam nesse de emissão de posse do imóvel, além do próprio contexto histórico da região marcada por intensos conflitos agrários. O cenário é o fio condutor no processo de investigação para a identificação da disputa de poder pelo território em uma região marcada pela violência no campo.
Acesso aberto (Open Access)
O Papel do Jornal o Liberal na validação do cadastro ambiental rural: como apagar as vozes dos povos tradicionais e manter a questão socioambiental restrita à economia de mercado.
(2019-02-13) ROCHA, Sandra de Lima; GONÇALVES, Marcela Vecchione; http://lattes.cnpq.br/9274854854102856
O objetivo deste estudo é discutir a enunciação do jornal O Liberal de maneira a validar os discursos governamental e empresarial que apontam o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como ferramenta eficiente da política pública ambiental voltada à conservação ambiental pelo monitoramento do uso da terra. O recorte da análise foi feito no ano de 2012, quando o Congresso Nacional aprovou e o Executivo sancionou a Lei do Novo Código Florestal, que tornou o cadastro obrigatório para todo o território nacional. Foram analisadas 359 de 366 edições do periódico naquele ano para a identificação de elementos que demonstram o tipo de abordagem e os atores utilizados como fontes. As reportagens e as notas da principal coluna do jornal foram classificadas a partir de características comuns, enquanto as fontes foram identificadas a partir das falas e menções a órgãos governamentais, pessoas e entidades. O resultado foi analisado à luz de bibliografia que reflete sobre o porquê da invisibilização dos povos tradicionais no contexto da formação territorial da Amazônia, buscando assinalar que outros enquadramentos são possíveis e necessários para que a mesma invisibilização não mais ocorra.

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